

Ucrânia testou o Saab 340 AEW pela primeira vez em seu território. A Força Aérea Ucraniana (UAF) realizou a primeira missão com seus novos Saab 340 de Alerta Aéreo Antecipado (AEW). A Suécia recentemente repassou duas dessas aeronaves para a Ucrânia aprimorar a sua capacidade de defesa contra a Rússia.
O voo do Saab 340 AEW ucraniano ocorreu ontem (22/04) na região de Lviv, próximo da fronteira com a Polônia. Os sites de monitoração online de voos registaram a movimentação do novo avião da UAF, que utilizou o curioso indicativo de chamada “WELCOME”.

Em maio do ano passado, a Suécia se comprometeu em repassar para Kiev dois Saab 340 AEW (designação militar ASC 890), como parte de um pacote de ajuda militar de US$ 1,37 bilhão. A transferência estava vinculada à integração de aeronaves de combate ocidentais, particularmente os F-16 e os Mirage 2000.
O radar Erieye do Saab 340 AEW pode monitorar alvos aéreos e de superfície em distâncias de até 450 quilômetros, dependendo da altitude e das condições ambientais. Com isso, a Ucrânia passa a ter uma nova capacidade de detecção e rastreamento de aeronaves, drones e mísseis de cruzeiro russos.

Analistas levantaram dúvidas sobre a eficiência operacional dos Saab 340, uma vez que os caças F-16 ucranianos não dispõem do sistema Datalink 16, removido à pedido dos EUA por temer que pudesse chegar às mãos russas. Isto impede que seus pilotos recebam em tempo real os dados coletados pela plataforma AEW&C. Por outro lado, os Mirage 2000 doados pela França estão equipados com essa capacidade. Estima-se que a UAF atualmente possua cerca de 12 à 18 caças F-16 e entre três e seis M2000-5.
Espera-se que a Rússia aumente a vigilância aérea com as suas aeronaves A-50U AEW e patrulhas com caças Su-35S equipados com mísseis R-37M de longo alcance, uma ameaça para os lentos Saab 340. Além disso, os sistemas de defesa aérea russos S-300 e as plataformas de guerra eletrônica Krasukha-4 também representam ameaças aos aviões AEW ucranianos.
Apesar das restrições, o Saab 340 AEW será uma ferramenta importante para ajudar com a cobertura completa de vigilância radar da Ucrânia, reduzindo sua dependência das aeronaves da OTAN, as quais operam a partir do espaço aéreo da Polônia ou da Romênia.
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