Ucrânia: OTAN monitora ataques Russos. A OTAN está realizando desde antes do início da invasão, o monitoramento com aeronaves ISR as fronteiras da Ucrânia. Inicialmente os voos eram feitos sobre o espaço aéreo da Ucrânia. Com a invasão no dia 24, as aeronaves da OTAN, que operavam a partir de bases da Força Aérea Ucraniana e sobre o espaço aéreo ucraniano, tiveram que sair e passaram a operar na periferia da fronteira. Mesmo assim tem sido possível criar diversos relatórios de inteligência.
Este relatórios tem demonstrado que a Rússia tem usado a Belarus como trampolim para muitas de suas operações aéreas na Ucrânia, de acordo com informações coletadas por aviões de ISR da OTAN. Desde o dia 25, há um número significativo de aeronaves de vigilância britânicas e americanas no ar ao redor da Ucrânia. Puderam ser vistos um RC-135W Rivet Joint da RAF, um RC-135W Rivet Joint da RAF e um UAS RQ-4 Global Hawk e um E-3C AWACS, ambos da OTAN, entre outras aeronaves.
Em um dos voos feitos semana passada, no dia 7 de março, por um E-3 da OTAN, forma vistos cerca de uma dúzia de aviões das Forças Aeroespaciais Russas (VKS) saindo da Bielorrússia, rumo a área ao norte da usina nuclear de Chernobyl. Horas depois, pelo menos mais nove aviões russos foram vistos entrando no espaço aéreo ucraniano, vindos de Belarus, parecendo seguir em direção a Kiev
A “grande maioria” dos caças de fabricação russa que as forças da Otan viram entrar no espaço aéreo ucraniano desde o início da invasão russa se originou na Bielorrússia, disse o diretor técnico da missão IRS da OTAN. Outros 20 jatos foram reportados no dia seguinte vindos de Belarus, rumo a área de Kiev.
Há um revezamento de aeronaves IRS a serviço da OTAN, que estão monitorando e gerando relatórios de hora em hora. A contra-partirda russa também existe e aeronaves russas AWACS e EINT também estão sendo vistas sobre a área de Belarus, sobre a Rússia e caro voando dentro do espaço aéreo da Ucrânia, apesar desta siutação em particular ser menos frequente nestes primeiros 18 dias de guerra.
Vale lembrar que missões ISR são rotineiras, mas se tornaram particularmente “intensas” desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. A OTAN intensificou a defesa dos membros do flanco leste nas últimas semanas, e o voo de vigilância são importantes, necessários e particularmente longos, exigindo todo um aporte de reabastecimento em voo feito por vários vetores da aliança, que vão desde KC-135R, A400M e A330 MRTT. Além destes, caças da OTAN posicionados nos países do leste, como Romênia, Polônia e Lituânia tem mantido coberturas de PAC (Patrulhas de Combate). Estes voos tem se tornado caros e tensos, pois as fronteiras e limites de espaço aéreos são bem curtos. Invadir, cometer um erros ou gerar um incidente como uma colisão podem criar um novo cenário, que ninguém quer no momento.
Os relatórios de inteligência tem sido considerados uma maneira da OTAN se prevenir de movimentações russas e também dado a possibilidade de posicionar e reforçar os seus sistemas de defesa, em especial na Polônia, país mais visado por fazer fronteira com a Ucrânia e ter recebido mais de 2 milhões de refugiados.
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