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Ucrânia: futuro incerto para o mercado de transporte aéreo pesado

9 de março de 2022
Ucrânia: futuro incerto para o mercado de transporte aéreo pesado (Foto: Divulgação).
Ucrânia: futuro incerto para o mercado de transporte aéreo pesado (Foto: Divulgação).

Ucrânia: futuro incerto para o mercado de transporte aéreo pesado. A Ucrânia reúne alguns dos mais importantes operadores de transporte aéreo de cargas pesadas do mundo. Cerca de 11 companhias aéreas cargueiras estão sediadas no país, entre elas a Antonov Airlines, cuja frota foi significativamente afetada pelos combates ocorridos nos últimos dias no Aeroporto de Gostomel, próximo da capital Kiev.

O único An-225 Mriya já não existe mais (Foto: Antonov Airlines).
O único An-225 Mriya já não existe mais (Foto: Antonov Airlines).

Com uma frota de 14 aviões cargueiros, entre eles nove peso-pesados, a Antonov Airlines viu na semana passada a destruição do seu principal destaque, o gigante An-225 Mriya. Ele era o maior avião do mundo, e único capaz de transportar cargas extraordinárias de até 250 toneladas. Além dele, dois “irmãos menores” An-124 Ruslan também foram afetados pelos combates entre as tropas russas e as forças de defesa ucranianas.

O Aeroporto de Gostomel foi considerado um ponto estratégico para os planos dos invasores russos, que lançaram mão de diversos ataques para tomar o controle do local, que fica a cerca de 25 km a noroeste de Kiev. Os combates atingiram diretamente a sede operacional da Antonov Airlines, os seus grandes hangares e instalações de manutenção, destruindo ou inutilizando praticamente todos aviões que estavam estacionais no local.

O An-225 Mriya destruído em Gostomel, após ataques russos (Foto: Redes Sociais).
O An-225 Mriya destruído em Gostomel, após ataques russos (Foto: Redes Sociais).

A frota a Antonov Airlines ficou reduzida a apenas cinco An-124-100 Ruslan, que estavam no exterior, quando a Rússia atacou Gostomel. De acordo com informações, os combates atingiram o An-225 Mryia (matrícula UR-82060), dois An-124-100 (UR-82009 e UR-82073), o An-22 Antei (UR-09307), além de meia dúzia de cargueiros “menores” como An-26 e An-74.

Apesar de tudo, nos últimos dias, os cinco An-124-100 Ruslan da Antonov Airlines tem estado bastante ativos, atuando em missões de transporte logístico para a OTAN. Principalmente as Forças Armadas da França tem utilizado os Ruslan para enviar equipamentos e tropas para o leste europeu, especialmente para a Romênia.

No dia 1º de março, o An-124 da Antonov (UR-82029) voou entre a França e a Romênia (Fonte: Itamilradar).
No dia 1º de março, o An-124 da Antonov (UR-82029) voou entre a França e a Romênia (Fonte: Itamilradar).

Veja os últimos voos e a situação da frota de An-124 da Antonov Airlines:

UR-82007: 05/03/2022 Constanta, Romênia (CND/LRCK) – Leipzig, Alemanha (LEJ/EDDP);
UR-82008: 06/03/2022 Constanta, Romênia (CND/LRCK) – Istres/Le Tube, França (QIE/LFMI);
UR-82009: 25/01/2022 Gostomel (GML/UKKM) * possivelmente destruído;
UR-82027: 06/03/2022 Constanta, Romênia (CND/LRCK) – Pau, França (PUF/LFBP);
UR-82029: 05/03/2022 Constanta, Romênia (CND/LRCK) – Leipzig, Alemanha (LEJ/EDDP);
UR-82072: 06/03/2022 Rzeszow-Jasionka, Polônia (RZE/EPRZ) – Estônia;
UR-82073: 13/03/2022 Gostomel (GML/UKKM) * possivelmente destruído;

As baixas na frota ucraniana de cargueiros An-225 e An-124, e os bloqueios comerciais à Rússia, poderão afetar diretamente o mercado de transporte aéreo super-pesado pelo mundo.

Outro operador importante de An-124 Ruslan é a companhia aérea russa Volga-Dnepr Airlines, que possui uma frota de 12 desses mega-jatos. A Volga poderá sentir na pele as sansões internacionais impostas às empresas russas, especialmente pelos Estados Unidos e União Européia, onde estão grande situados os clientes desse tipo de fretamento.

O An-124-100 Ruslan da Antonov Airlines (UR-82027) em Porto Alegre (RS), transportando carga para uma empresa de celulose (Foto: Fábio Luís Fonseca/RFA).
O An-124-100 Ruslan da Antonov Airlines (UR-82027) em Porto Alegre (RS), transportando carga para uma empresa de celulose (Foto: Fábio Luís Fonseca/RFA).

Empresas do segmento aerospacial, petrolífero, indústria de energia elétrica, armadores navais, construtores ferroviários, forças armadas, entre outros, estão na lista de frequentes contratantes desses mega-jatos, capazes de levar as suas cargas colossais por todo o mundo. Este nicho do mercado, disputado por pouquíssimas operadoras, poderá ser fortemente afetado pela guerra iniciada por Moscou, causando um efeito em cascata na cadeia de fornecedores.

Um An-124 Ruslan das Forças Aerospaciais da Rússia (Foto: RFVKS).
Um An-124 Ruslan das Forças Aerospaciais da Rússia (Foto: RFVKS).

Além desses dois operadores operadores civis, a companhia aérea Maximus Air Cargo, dos Emirados Árabes Unidos possui um único An-124-100 (UR-ZYD). Outros cargueiros dessa família estão nas unidades de transportes militares das Forças Aerospaciais da Rússia, que possuem aproximadamente 26 Ruslan.

@FFO

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