Ucrânia: EUA coloca mais de oito mil militares em alerta máximo. Cerca de 8.500 soldados dos Estados Unidos foram colocados em alerta máximo para um possível deslocamento à Europa, enquanto as tropas russas se concentram na fronteira da Ucrânia. A informação foi divulgada por John Kirby, porta-voz do Pentágono, em pronunciamento na última segunda-feira (24/01).
Sob as ordens do presidente Joe Biden, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, emitiu a notificação para a preparação das tropas. Esta foi a mais recente decisão dos EUA em face a uma potencial invasão russa da Ucrânia, o que as autoridades estão classificando como “iminente”. No último domingo (23/01), o Departamento de Estado reduziu o quadro de pessoal da embaixada dos EUA em Kiev, evacuando funcionários e familiares não essenciais por “cautela”.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que a maioria dos militares norte-americanos estavam sendo notificados para se prontificarem para apresentar-se imediatamente, em caso de eventual necessidade de uma força de resposta rápida da OTAN, mas acrescentou que eles devem estar “preparados para quaisquer outras contingências também”.
Até agora nenhuma decisão sobre o envio das tropas foi tomada, enfatizou Kirby. “Os Estados Unidos tomaram medidas para aumentar a prontidão de suas forças em nosso território e no exterior, de modo que estão preparados para responder a uma série de contingências, incluindo apoio à força de resposta da OTAN, caso for ativada”, disse Kirby.
Com cerca de 40 mil militares, a Força de Resposta da OTAN (NRF) está altamente preparada e equipada. Ela é composta por soldados da Aliança das Forças de Operações Especiais (SOF) dos componentes terrestre, aéreo e marítimo, que pode ser implantados rapidamente onde for necessário. A OTAN aprimorou a NRF em 2014, criando uma unidade especial de “ponta de lança”, conhecida como Força-Tarefa Conjunta de Alta Prontidão.
“No caso de ativação da NRF pela OTAN, ou uma eventual deterioração do cenário de segurança, os Estados Unidos estariam em posição de implantar rapidamente na Europa, equipes das brigada de combate, logística, médica, aviação, inteligência, vigilância e reconhecimento, transporte e capacidades adicionais”, disse Kirby.
O anúncio dos EUA veio no mesmo dia em que a OTAN disse que estava reforçando as suas tropas na Europa Oriental, com o deslocamento de navios e caças, além de estar planejando o envio de tropas adicionais para o flanco sudeste, no movimento que a Rússia denunciou como uma “escalada de tensões sobre a Ucrânia”. Até agora, a OTAN tem cerca de 4.000 soldados em batalhões multinacionais na Estônia, Lituânia, Letônia e Polônia, apoiados por carros de combate, defesas aéreas e unidades de inteligência e vigilância.
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