Ucrânia ataca rebeldes com drones Bayraktar TB2. Em um ataque realizado com um drone de combate Bayraktar, as Forças Armadas Ucranianas destruíram uma bateria de obuses dos rebeldes, na localidade de Hranitne, Oblast de Zhytomyr. A ação foi uma resposta a recente morte de um soldado ucraniano na área em conflito.
O representante da República Popular de Lugansk, Rodion Miroshnik , foi citado pela agência russa TASS. Na declaração, o líder rebelde acusou que Kiev violou o Acordo de Minsk, assinado em 2014, e que proíbe o uso de veículos aéreos não tripulados ou aeronaves de combate tripuladas, ao longo da “linha de contato” entre soldados ucranianos e os rebeldes.
Por outro lado, o Estado-Maior das Forças Armadas Ucranianas afirmou que uma bateria de obuses D-30 dos rebeldes, disparou contra as forças combinadas em Hranitne, Oblast de Zhytomyr, durante a tarde de 26/10. O ataque feriu dois soldados, um dos quais mortalmente. Após o incidente, um cessar-fogo foi solicitado pelas forças ucranianas, que foi ignorada pelos rebeldes, levando ao ataque com o Veículo Aéreo de Combate Não Tripulado (UCAV).
De acordo com o comunicado, o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas da Ucrânia ordenou o ataque de drones para forçar o cessar-fogo. Acrescentou que as aeronaves não cruzaram a “linha de contato” durante a operação. Os relatos da mídia local sugeriram que foi utilizado os UCAV de fabricação turca Bayraktar, que disparam míssieis guiados contra o alvo.
Produzido pela empresa turca Baykar, o UCAV Bayraktar é capaz de operação autônoma e controlada remotamente, em missões de inteligência, vigilância e operações ofensivas, em um raio de 200 km, ou mais de 72 horas de voo. O drone pode ser armado com mísseis antitanque, mísseis guiados de precisão e foguetes guiados a laser.
Em 2019, a Ucrânia adquiriu alguns drones Bayraktar TB2, e mais recentemente, assinou um acordo para que esses UCAV sejam construídos por empresas locais.
O incidente ocorreu na sequência da morte de quatro soldados ucranianos em confrontos com os separatistas em junho e outro há menos de um mês. As forças armadas ucranianas estão em conflito com os separatistas nas regiões de Donetsk e Lugansk desde que a Rússia assumiu o controle da península da Crimeia em 2014. A guerra ceifou mais de 13.000 vidas.
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