UAC anuncia planos para aumentar entregas do Su-57 Felon à RuAF. A United Aircraft Corporation [UAC] da Rússia, parte do conglomerado estatal Rostec, planeja aumentar a produção e as entregas do jato de combate Su-57 as Forças Aérea Russa (RuAF).
Ao mesmo tempo, a UAC vai intensificar seus esforços para comercializar a aeronave para exportação. Este anúncio veio do CEO da Rostec, Sergey Chemezov, na quarta-feira (29/01).
De acordo com Chemezov, o Su-57 continua passando por modernizações. Ele enfatizou que o jato agora é “significativamente diferente” de sua versão inicial, que voou pela primeira vez há 15 anos. Ele também reiterou alegações de que o Su-57 viu uso real em combate na Ucrânia — embora ainda haja pouca evidência verificável disso, além de imagens esporádicas de satélite e fontes oficiais russas.
Apesar do tom otimista de Chemezov, ainda não está claro se a Rússia pode realmente aumentar a produção do Su-57. Até agora, apenas um pequeno número dessas aeronaves foi produzido, e as sanções impostas à indústria aeroespacial da Rússia levantam questões sobre a disponibilidade de componentes críticos, particularmente aviônicos avançados.
Embora a Rússia tenha comercializado ativamente o Su-57 para exportação, as vendas reais têm sido limitadas. Um cliente potencial — a Argélia — tem demonstrado interesse há anos, mas nenhum contrato finalizado foi anunciado. Enquanto isso, os principais concorrentes do Su-57, como o F-35 dos EUA e o J-20 da China, já estão sendo produzidos em uma escala significativamente maior e estão em serviço operacional.
O Su-57, o primeiro caça de quinta geração da Rússia, realizou seu voo inaugural em 29 de janeiro de 2010. Desenvolvido sob o programa PAK FA e inicialmente designado como protótipo T-50, a aeronave foi criada para competir com caças furtivos americanos como o F-22 e o F-35.
O programa enfrentou vários atrasos devido a desafios técnicos. Apesar desses contratempos, o Su-57 progrediu gradualmente nos testes de voo e foi eventualmente declarado pronto para o combate, com números limitados entrando em serviço nas Forças Aeroespaciais Russas.
Em fevereiro de 2018, a Rússia enviou pelo menos dois Su-57 para a Síria, marcando a primeira aparição da aeronave em um teatro operacional. A implantação foi breve, durando apenas alguns dias, e serviu principalmente como uma demonstração de capacidade em vez de uma avaliação de combate extensiva.
O Ministério da Defesa da Rússia alegou que os jatos conduziram missões de combate reais e lançaram ataques guiados com precisão. No entanto, nenhuma verificação independente dessas alegações surgiu, e houve ceticismo sobre se a aeronave se envolveu em combate significativos. Imagens de satélite e evidências de vídeo confirmaram a presença do Su-57 na Base Aérea de Khmeimim, mas pouco sobre suas atividades foi definitivamente comprovado.
Desde então, a Rússia alegou que o Su-57 foi usado na guerra na Ucrânia, onde suas capacidades de combate supostamente foram testadas mais a fundo. De acordo com autoridades russas, a aeronave se envolveu em ataques de mísseis de longo alcance usando armas de standoff, evitando exposição direta às defesas aéreas ucranianas.
Não houve relatos confirmados de Su-57s envolvidos em combate ar-ar, e nenhuma evidência visual surgiu mostrando a aeronave operando sobre espaço aéreo contestado. Em vez disso, as indicações sugerem que qualquer envolvimento foi limitado ao lançamento de mísseis de distâncias mais seguras.
O Ministério da Defesa do Reino Unido observou que a Rússia provavelmente utilizou Su-57s no conflito, mas descreveu seu papel como restrito, provavelmente devido ao número limitado de unidades operacionais e preocupações com a perda de uma das aeronaves mais valiosas.
O programa Su-57 continua a evoluir, com a Rússia prometendo melhorias, aumento da produção e um eventual impulso de exportação. No entanto, o interesse internacional tem sido limitado, e as sanções em andamento e os problemas da cadeia de suprimentos levantam dúvidas sobre a capacidade da Rússia de fabricar o jato em escala.
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