Turquia reduz investimentos nos F-16 enquanto tenta retornar ao programa F-35

Turquia reduz investimentos nos F-16 e busca retornar ao programa F-35. O Ministro da Defesa da Turquia, Yasar Güler, anunciou em 27 de novembro que ocorrerá uma redução no escopo do programa de Aquisição e Modernização dos caças F-16 da Força Aérea Turca (TUAF). Güler também enfatizou o interesse do País em retornar ao programa F-35A, do qual foi retirado em 2019 por questões diplomáticas.

Originalmente, o programa incluía a aquisição de 32 novos caças F-16C Block 70 (monopostos)e 08 F-16D Block 70 (bipostos), juntamente com 79 kits para modernização e atualização dos atuais F-16C/D da frota.

Agora, o planejamento inclui apenas na compra dos 40 novos caças, enquanto a modernização da frota existente de F-16C/D será realizada pela empresa local Turkish Aerospace Industries (TAI). Com isso, o investimento previsto no programa cairá de US$ 23 bilhões para US$ 7 bilhões.

Em seu discurso no Comitê de Planejamento e Orçamento no Parlamento turco, Güler disse que os EUA se mostraram dispostos a negociar os caças F-35A para a TUAF. “Temos seis caças F-35 armazenados lá”, disse ele, se referindo aos jatos que foram produzidos pela Lockheed Martin para a Turquia, mas que nunca foram entregues devido à compra do sistema de mísseis S-400 da Rússia.

Em 2019, o congresso dos EUA solicitou a suspensão da venda do F-35 para a Turquia depois que o país comprou sistemas de defesa antiaéreo russos S-400, temendo que isso pudesse comprometer a segurança do projeto e entregar informações classificadas do caça para Moscou.

“Agora que eles [EUA] viram nosso progresso com o KAAN e, sua posição parece estar mudando. Eles têm indicado que podem estar dispostos a entregar os caças. Reenviamos oficialmente nossa oferta para comprar o F-35”, disse Güler aos legisladores. O KAAN é o caça de quinta geração nacional, que está em desenvolvimento pela TAI.

Paralelamente, a Turquia ainda negocia a aquisição de caças Eurofighter Typhoons, em um negócio que recebeu sinal verde da Alemanha, depois que inicialmente se opôs à venda.

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