

Trump surpreende e anuncia o F-55 e o Super Raptor no Catar. O presidente Donald Trump, falando às tropas americanas e líderes empresariais na Base Aérea de Al Udeid, no Catar, na quinta-feira 15/05, surpreendeu ao revelar os planos para um novo caça bimotor: o F-55.
O anúncio, feito durante uma viagem de quatro dias pelo Oriente Médio. Embora os detalhes ainda sejam escassos, a aeronave proposta sinaliza uma possível mudança na estratégia do Pentágono para manter o domínio nos céus contra adversários como China e Rússia.
A falta de clareza em torno do design do F-55 e sua relação com os programas existentes levantou questões sobre se essas iniciativas marcam um verdadeiro avanço ou servem como gestos políticos para angariar apoio.

Os comentários de Trump, proferidos em um clima de comício em Al Udeid, a maior instalação militar dos EUA no Oriente Médio, enfatizaram a necessidade de tecnologia de ponta para reforçar as forças aéreas americanas. “Vamos fabricar o F-55, se conseguirmos o preço certo. Serão dois motores em uma super modernização do F-35, e, também faremos o F-22 Super”.
A insistência de Trump em um projeto bimotor para o F-55 sugere uma plataforma fundamentalmente diferente do F-35 original, potencialmente alinhada com o programa F/A-XX da Marinha, que busca um caça de sexta geração para substituir o F/A-18E/F Super Hornet até a década de 2030.
Embora nenhuma especificação técnica para o F-55 tenha sido divulgada, sua descrição como uma “super atualização” do F-35 gerou especulações de que ele poderia incorporar tecnologias do programa Next Generation Air Dominance (NGAD), uma iniciativa secreta da USAF para desenvolver uma família de sistemas, incluindo caças tripulados e aeronaves de combate colaborativas não tripuladas (CCA). O NGAD tem como seu principal resultado até agora o Boeing F-47.

O programa F/A-XX, gerenciado pela Marinha, prioriza furtividade avançada, capacidades ofensivas de longo alcance e integração com drones autônomos. Documentos públicos do Departamento de Defesa indicam que o F/A-XX contará com sensores de última geração, como radares multiespectrais e sistemas de busca e rastreamento infravermelho, capazes de detectar adversários furtivos a longas distâncias. A Boeing e a Northrop Grumman estão competindo pelo contrato, com uma decisão inicialmente prevista para março de 2025, mas adiada devido a restrições orçamentárias.
Ele também elogiou o F-22, chamando-o de “o caça mais bonito do mundo” e prometendo uma “versão muito moderna”, que com a atualização será chamado de F-22 Super Raptor. O F-22 Super Raptor, por sua vez, visa dar um novo fôlego ao principal caça de superioridade aérea da USAF.
O F-22, lançado em 2005, permanece incomparável em manobrabilidade e furtividade. Seu radar AN/APG-77 e sua capacidade de supercruzeiro — voo supersônico sustentado sem pós-combustores — permitem que ele domine combates ar-ar.
A referência de Trump ao F-22 Super Raptor traça paralelos com o F/A-18 Super Hornet da US Navy, que recebeu melhorias significativas em desing, aviônicos, sensores e armas em relação ao seu antecessor. A retirada da Lockheed Martin da competição NGAD em 2024 mudou o foco para a atualização das plataformas existentes, com o CEO Jim Taiclet anunciando que as tecnologias desenvolvidas pelo NGAD seriam aplicadas ao F-35 e ao F-22.
Isso poderia incluir links de dados avançados para controlar drones CCA, radar AN/APG-77[V]1 atualizado e compatibilidade com armas hipersônicas como o AGM-183A ARRW. Tais atualizações posicionariam o F-22 Super como uma ponte para caças de sexta geração, mantendo sua vantagem sobre o J-20 da China e o Su-57 da Rússia, ambos equipados com sensores avançados e mísseis de longo alcance.
O F-55 e o F-22 Super Raptor, se forem concretizados, poderá reforçar ainda mais essas operações, principalmente em regiões como o Mar da China Meridional, onde as defesas aéreas chinesas J-20 e S-400 avançadas representam ameaças crescentes.
O anúncio ocorre em um momento de intensa competição global no desenvolvimento de caças. O J-20 da China, em operação desde 2017, combina capacidade furtiva, supercruzeiro e mísseis de longo alcance. Há rumores de que o J-36, um caça de última geração em desenvolvimento, priorizará missões de longa duração e integração com drones, especialmente projetado para operações no Pacífico. O Su-57 russo, apesar dos atrasos na produção, conta com aviônicos avançados e compatibilidade com armas hipersônicas, embora suas capacidades furtivas fiquem atrás das do F-22 e do F-35.
Na Europa, o GCAP e o FCAS visam lançar caças de sexta geração até meados da década de 2030. Trump também mencionou o F-47, uma nova plataforma de domínio aéreo concedida à Boeing, embora os detalhes ainda sejam escassos. Estima-se que um único caça NGAD custe mais de US$ 300 milhões, e restrições orçamentárias já atrasaram o lançamento do F/A-XX e do NGAD.
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