Tropas chegam à Baía de Guantánamo para preparar centro de detenção de migrantes

Tropas chegam à Baía de Guantánamo para preparar centro de detenção de migrantes. Fuzileiros navais do 1º Batalhão, 6º Regimento de Fuzileiros Navais, 2ª Divisão de Fuzileiros Navais embarcaram em um KC-130J na NAS de Cherry Point, na Carolina do Norte no dia 2/02 rumo NAS da Baía de Guantánamo.

Lá, eles se juntaram ao pessoal do Comando Sul dos EUA do US Army, elevando o número total de membros do serviço destacados para a base para a operação de detenção de migrantes para 150.

Os fuzileiros navais e soldados darão suporte a um plano da Casa Branca para deportar imigrantes sem situação legal permanente dos Estados Unidos e detê-los na base. Isso vem como parte de um esforço abrangente do presidente Donald Trump, anunciado em 29 de janeiro, para usar Guantánamo como um campo de detenção para “estrangeiros criminosos de alta prioridade”. Trump disse que haverá uma expansão de um centro de detenção na base naval em Cuba para abrigar até 30.000 migrantes.

“Este memorando é emitido para deter a invasão da fronteira, desmantelar cartéis criminosos e restaurar a soberania nacional”, diz o memorando da Casa Branca que orientou a expansão de tal instalação.

Presidente Trump assina na Casa Branca o decreto de Deportação de imograntes ilegais. Foto: Casa Branca.

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, disse em uma entrevista na Fox News em 31 de janeiro que os militares dos EUA seriam “um elemento-chave nas expulsões e deportações em massa”.

Se imigrantes sem posição legal não puderem ser enviados de volta para seu país de origem ou um destino temporário, Hegseth explicou, eles serão mantidos em Guantánamo. Ele se referiu à base da Marinha como um “centro de trânsito”. As operações de detenção em Guantánamo estão sendo lideradas pelo Departamento de Segurança Interna.

“É uma boa solução para nós e pode ser implementada muito rapidamente”, disse a secretária do DHS, Kristi Noem, sobre o centro de detenção expandido durante uma entrevista à Fox News no domingo.

Na entrevista, Noem pediu ao Congresso que aprovasse mais financiamento para o DHS, o que permitiria ao departamento construir mais centros de detenção, processar migrantes criminosos e “consertar nosso sistema de imigração legal”.

No mesmo dia em que Trump anunciou a mais nova versão da Baía de Guantánamo, ele sancionou a Lei Laken Riley, uma medida que exige que o DHS detenha imigrantes indocumentados que sejam presos por roubo, furto, apropriação indébita ou furto em lojas.