Troca no Comando do Exército Brasileiro
Troca no Comando do Exército Brasileiro. Após apenas 22 dias à frente do Comando do Exército Brasileiro, o General de Exército Júlio César de Arruda foi exonerado pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva, neste dia 21 de janeiro. Arruda havia assumindo o comando em uma cerimônia realizada no Clube do Exército, em Brasília, no dia 30 de dezembro de 2022.
Seu sucessor já foi escolhido, será o General de Exército Tomás Miguel Ribeiro Paiva, atual Comandante Militar do Sudeste. Antes de ser demitido, o General Júlio César Arruda participou, no dia 20/01, de uma reunião no Palácio do Planalto, com o Presidente, o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os comandantes da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno.
A decisão de demitir o General Arruda correu após esta reunião, onde segundo fontes do Planalto, houve uma “crise de confiança não superável”. O Presidente estaria descontente com alguns militares, pedindo, inclusive, punições.
Em entrevista, o Ministro da Defesa declarou que “evidentemente, depois desses últimos episódios, a questão dos acampamentos, a questão do dia 8 de janeiro, as relações difíceis, principalmente do comando do Exército, houve uma fratura no nível de confiança”. José Múcio ainda disse neste sábado, dia 21/01 que: “a demissão precisou ser tomada para que Lula pudesse superar esse episódio e estancar o problema logo no início”.
Não ficou claro se haverá novas trocas no Comando das Forças Armadas. Mas também não foi descartada, pois segundo o governo, “foi um acerto da equipe de transição com a gestão anterior para que a troca do comando ocorresse antes da posse do novo governo e fossem indicados os mais antigos”.
O novo comandante
Nascido na cidade de São Paulo, o General de Exército Tomás Miguel Ribeiro Paiva tem 62 anos, iniciou a carreira militar em 1975, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (ESPCEX), sediada em Campinas/SP. É Aspirante de 1982 da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), sediada em Resende/RJ. Serviu e no 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB), em Santa Maria/RS, no 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista (26º BI Pqdt), no Rio de Janeiro/RJ, e no 33° Batalhão de Infantaria Motorizado (33º BI Mtz), em Cascavel/PR.
Também foi instrutor do Curso de Infantaria da AMAN e Subcomandante da Companhia de Precursores Paraquedista. Atuou em missão de Paz das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH — Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti) e foi Comandante da Força de Pacificação da Operação Arcanjo VI, no Complexo da Penha e do Alemão, no Rio de janeiro (RJ), em 2012. Foi ajudante de Ordens do Presidente da República Itamar Franco e Assessor Militar do Brasil junto ao Exército do Equador. Comandou também a 5ª Divisão de Exército (5ª DE), em Curitiba/PR.
Em 2019, o General Tomás foi promovido ao posto de General de Exército. Em abril de 2021, assumiu o posto de Comandante do Comando Militar do Sudeste (CMSE), posto que exercia até ser escolhido o novo Comandante do Exército. A posse ainda não está oficialmente marcada, mas deverá ocorrer nesta próxima semana.
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