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Treinador da AERALIS pode substituir o Hawk na RAF?

16 de abril de 2025
Treinador da AERALIS pode substituir o Hawk na RAF?
Treinador da AERALIS pode substituir o Hawk na RAF?

Treinador da AERALIS pode substituir o Hawk na RAF? Com o anúncio da saída dos BAE Hawk T1 em 2030 e os problemas de confiabilidade dos Hawk T2, o mercado começa a ver novas possibilidades. Entre as empresas que vislumbram isto está a britânica AERALIS.

O Ministério da Defesa garantiu que a frota Hawk T1, usada pelo time de demonstração aérea da Royal Air Force (RAF) — os Red Arrows, manterá a vida útil de suas aeronaves o suficiente para honrar seus compromissos operacionais até 2030. Além disto, observa com cautela a continuidade dos Hawk T2.

A idade e os custos crescentes transformaram o Hawk em um problema iminente. O modelo T1, dos Red Arrows, está com o tempo contado, e o mais os T2 estão cercados por problemas de manutenção e confiabilidade. A menos que um substituto seja encontrado rapidamente, o Reino Unido arrisca pode ficar sem sua famosa equipe acrobática e até mesmo ficar sem uma solução local, tendo que enviar os novos pilotos de caça para serem formados no exterior.

De olho neste GAP, a AERALIS, uma startup aeroespacial britânica, volta a oferecer um substituto para o Hawk. A proposta da empresa é ousada: projetar e construir um jato modular que se adapte a múltiplas funções de treinamento sem que o Ministério da Defesa pague a conta inicial. Os investidores, dizem eles, cobrirão os custos de desenvolvimento em troca de futuros contratos baseado em pacotes de horas de voo.

É uma abordagem que pode preservar uma capacidade de gerar localmente treinamento de caça, manter os Red Arrows voando em jatos britânicos e gerar milhares de empregos no Reino Unido, com risco financeiro mínimo para o governo.

Poucas aeronaves ocupam o mesmo lugar na cultura da aviação britânica que o Hawk. Sua variante mais antiga — a T1, introduzida em meados da década de 1970. Embora ainda operacional, os custos de manutenção do T1 aumentaram acentuadamente, e peças críticas estão se tornando mais difíceis de obter. Já o T2 — o treinador avançado da RAF — não está muito atrás no cronograma de aposentadoria. O Reino Unido deve substituir ambos, ou arriscar uma lacuna cara que força o treinamento de pilotos para Typhoons de linha de frente ou mesmo F-35s — um uso ineficiente (e caro) de jatos de combate avançados.

O Red Arrows vão aposentar os Hawk T1 até 2030. Foto: RAF.
O Red Arrows vão aposentar os Hawk T1 até 2030. Foto: RAF.

Uma opção local — Fundada em 2017, a AERALIS visa manter o treinamento de caça em solo britânico com um conceito inovador de aeronave modular. Em vez de projetar vários jatos para diferentes funções — treinamento básico, treinamento avançado, exibição acrobática — a empresa propõe uma única fuselagem adaptável por meio de asas, motores e aviônicos intercambiáveis. Os proponentes dizem que essa abordagem pode reduzir pela metade o custo operacional a longo prazo da frota ao consolidar manutenção, peças de reposição e logística em uma arquitetura comum.

Crucialmente, a AERALIS sugere que poderia agir rapidamente se recebesse reconhecimento formal do Ministério da Defesa de que seus jatos preencherão as futuras necessidades de treinamento da RAF. Esse aceno de confiança poderia desbloquear o investimento privado necessário para concluir o desenvolvimento.

Em teoria, o resultado é um modelo “pague conforme o uso”: o governo paga pelas horas de voo, enquanto a aeronave em si é financiada e de propriedade de um terceiro. Se bem-sucedido, marcaria um afastamento de décadas de práticas de aquisição de defesa incômodas (e frequentemente acima do orçamento).

Treinador da AERALIS pode substituir o Hawk T1 na RAF? Empresa propõe um jato modular para atender todas as necessidades. Arte AERALIS.
Treinador da AERALIS pode substituir o Hawk T1 na RAF? Empresa propõe um jato modular para atender todas as necessidades. Arte AERALIS.

Os defensores da abordagem AERALIS argumentam que ela faz mais do que somente resolver um déficit de treinamento. Eles dizem que ela representa uma chance de reacender o design e a fabricação aeroespacial britânicos, com o potencial de sustentar ou criar milhares de empregos qualificados. Construir um jato de treinamento nacional — em vez de importar da Itália, dos Estados Unidos ou de outro lugar — também mostraria o talento de engenharia do Reino Unido e preservaria uma medida de soberania industrial.

Para os Red Arrows em particular, manter um jato de fabricação britânica carrega um peso muito além do puramente operacional. A equipe é um símbolo duradouro da herança da aviação da nação. Voar em um jato estrangeiro, por mais capaz que seja, pode ser visto como um golpe no prestígio aeroespacial do Reino Unido em um momento em que o país busca reforçar sua base de fabricação de alta tecnologia.

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