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Tanques externos para os F-35

26 de julho de 2025

BAY OF BENGAL (Oct. 17, 2021) An F-35C Lightning II assigned to the “Argonauts” of Strike Fighter Squadron (VFA) 147 flies over the Bay of Bengal as part of Maritime Partnership Exercise (MPX) 2021, Oct. 17, 2021. MPX 2021 is a multilateral maritime exercise between the Royal Australian Navy, Japan Maritime Self-Defense Force, U.K. Royal Navy, and U.S. maritime forces, focused on naval cooperation, interoperability and regional security and stability in the Indo-Pacific and is an example of the enduring partnership between Australian, Japanese, U.K. and U.S. maritime forces, who routinely operate together in the Indo-Pacific, fostering a cooperative approach toward regional security and stability. (U.S. Navy photo by Mass Communication Specialist 2nd Class Haydn N. Smith) 211017-N-HS181-1473

Tanques externos para os F-35. Um Lockheed Martin F-35C Lightning II do Strike Fighter Squadron 147 (VFA-147). Foto: US Navy/Mass Communication Specialist 2nd Class Haydn N. Smith.
Tanques externos para os F-35. Um Lockheed Martin F-35C Lightning II do Strike Fighter Squadron 147 (VFA-147). Foto: US Navy/Mass Communication Specialist 2nd Class Haydn N. Smith.

Tanques externos para os F-35. Anos após entrar em serviço, o uso de tanques de combustível externos no F-35, que nunca foram concretizados nos esforços de desenvolvimento anteriores, volta à lista de prioridades do programa JSF.

Colocar tanques de combustível externos, com objetivo de estender o alcance dos Lockheed Martin F-35, ressurgiram como parte do esforço de modernização do Bloco 4. Por anos, se trocou o alcance por furtividade, ao não colocar tanques de combustível.

Porém, a recente informação que os israelenses supostamente realizaram trabalhos adicionais para aumentar a autonomia, visando o uso em ataques contra o Irã, distante em média a 2.000 km de Israel.

Israel teria conseguido ampliar a autonomia dos F-35I. Detalhes sõa escaços, mas teria sido feito para atingir o Irã. Foto: IAF.
Israel teria conseguido ampliar a autonomia dos F-35I. Detalhes sõa escaços, mas teria sido feito para atingir o Irã. Foto: IAF.

Não está claro como os jatos stealth F-35I tiveram seu alcance aumentado, mas provavelmente com tanques externos tradicionais. Embora isso aumente significativamente a assinatura do radar, é possível que eles possam ser descartados com seus pilones antes de entrarem no espaço aéreo iraniano. Outra opção é algum tipo de tanque de combustível conformado e embutido — o que poderia ter um impacto reduzido na furtividade e no desempenho geral — mas também poderia envolver mudanças significativas no formato e possivelmente alterações na fuselagem. 

Tanques externos podem ser especialmente importantes para os F-35C da US Navy, agora que os planos da Marinha para um caça de sexta geração F/A-XX de maior alcance estão prestes a ser suspensos.

A USAF está solicitando fundos para explorar a adição de tanques de combustível externos ao F-35 em seu orçamento de 2026. O raio de combate atual do F-35A terrestre é geralmente estimado em cerca de 670 milhas náuticas (1.241 km). O alcance da variante F-35C embarcada é ligeiramente maior, enquanto o da versão F-35B, com capacidade de decolagem curta e pouso vertical, é significativamente menor. Todos os F-35 também podem ser reabastecidos em voo.

Da esquerda para a direita, um F-35C, um F-35B e um F-35A. Lockheed Martin.
Da esquerda para a direita, um F-35C, um F-35B e um F-35A. Lockheed Martin.

O objetivo imediato é “avaliar a viabilidade e decompor os requisitos para integração de tanques de combustível externos para dar suporte a missões de longo alcance do F-35”, conforme o orçamento proposto pela USAF para o ano fiscal de 2026.

Recentemente, o DoD disse que “irá explorar a viabilidade de todas as formas de tanques de combustível externos, incluindo tanques sob as asas, para todas as três variantes do F-35.”

Não está claro se “Tanques de Combustível Externos” aqui significam tanques alijáveis ou conformais (CFT), ​​ou se ambos podem ser considerados como opções. Também não está claro se este trabalho se concentrará inicialmente no F-35A. 

O valor dos taques é somado a um pedido de quase US$ 432 milhões para apoiar o trabalho de modernização em andamento do Bloco 4. O esforço de atualização do Bloco 4 consiste em uma ampla gama de melhorias de hardware e software que serão adicionadas às três variantes do F-35.

“Conforme projetado, o Bloco 4 consiste em três linhas principais de esforço: desenvolvimento de capacidades baseadas em software, desenvolvimento e integração de hardware de aeronaves novo e modernizado que permita o desenvolvimento de novas capacidades, e integração de novas armas”, conforme a última solicitação de orçamento da Força Aérea.

Como observado, a ideia de tanques de combustível externos para estender o alcance das variantes do F-35 não é nova. Entre 2004 e 2007, a Lockheed Martin conduziu estudos de projeto com tanques de combustível de 480 e 460 galões sob as asas. A empresa realizou trabalhos adicionais relacionados a tanques de combustível como parte de um estudo maior de extensão de alcance no período de 2018-2019, em meio a um ressurgimento do interesse por essa capacidade.

Renderização dos projetos de tanques de lançamento de 480 galões (esquerda) e 460 galões (direita) da Lockheed Martin para o F-35. Lockheed Martin via AIAA
Renderização dos projetos de tanques de lançamento de 480 galões (esquerda) e 460 galões (direita) da Lockheed Martin para o F-35. Lockheed Martin via AIAA.

Em 2019, a Aviation Week relatou que a Israel Aerospace Industries (IAI) e a Cyclone, uma subsidiária da empresa israelense Elbit Systems, haviam concluído os estudos iniciais de projeto sobre o tanque de lançamento de 600 galões e projetos de CFT para o F-35I. No ano seguinte, o Jerusalem Post relatou que a Força Aérea Israelense (IAF) havia implantado uma capacidade não especificada de extensão de alcance para o Adir, que também poderia incluir modificações no motor e ajustes de software, com um olhar particular para permitir ataques sem reabastecimento no Irã.

A capacidade de alcance estendido foi supostamente empregada durante o recente conflito Israel-Irã (Leão Ascendente), mas os detalhes, permanecem escassos.

Vale ressaltar que o desenvolvimento de tanques de combustível externos, que conferem arrasto e peso adicional, para qualquer jato de combate, apresenta certos desafios. Os benefícios da extensão do alcance precisam superar esses outros fatores. A Lockheed Martin abandonou notavelmente seu tanque de combustível original de 480 galões (1.940 litros) para o F-35 após o surgimento de problemas aerodinâmicos e de separação (alijamento). O projeto subsequente de 460 galões (1.940 litros), que também não foi levado adiante, tinha um formato significativamente diferente.

Um F-22 Raptor do1st Fighter Wing  decola da Joint Base Langley-Eustis, Virginia, em 3 de novembro de 2020, com tanques externos alijáveis, usados para translados. Foto: USAF.
Um F-22 Raptor do1st Fighter Wing decola da Joint Base Langley-Eustis, Virginia, em 3 de novembro de 2020, com tanques externos alijáveis, usados para translados. Foto: USAF.

Existem complicações adicionais quando se trata de projetar tanques de combustível externos para aeronaves furtivas, o que pode impactar negativamente suas características de redução da assinatura radar. Tanques de combustível conformais (CFTs) projetados com precisão e montados embutidos podem ser menos problemáticos nesse aspecto do que tanques externos. Tanques de lançamento e seus pilones também podem ser descartados para restaurar parte do perfil de furtividade, mas essa é uma opção imperfeita.

Tanques alijáveis furtivos já estão em desenvolvimento para os F-22 Raptors da USAF, a fim de ajudar a mitigar as limitações impostas pelos tanques tradicionais que esses jatos estão atualmente certificados para transportar.

Uma renderização de um F-22 com tanques de lançamento furtivos. Via General Mark Kelly da USAF.
Uma renderização de um F-22 com tanques de lançamento furtivos. Via General Mark Kelly da USAF.

Além de maior alcance geral, o combustível extra a bordo dos F-35 poderia se traduzir em mais tempo de permanência sobre uma área-alvo. Isso também poderia ajudar a reduzir a necessidade de apoio de aviões-tanque, que seria muito procurado, em geral, inclusive por caças Joint Strike Fighters voando de locais avançados de operação próximos ao combate.

Também vale ressaltar que o F-35A e o F-35C já oferecem um raio de combate muito bom com uma carga útil em comparação com muitos outros jatos de combate não furtivos em serviço nos EUA e no exterior atualmente. Isso, por sua vez, aponta para outros fatores que impulsionam o surgimento de um novo interesse em tanques de combustível externos.

Nos últimos anos, a US Navy vinha avançando com planos para um novo caça furtivo de sexta geração, o F/A-XX, baseado em porta-aviões, que ofereceria um alcance cerca de 25% maior que o do F-35C, ou aproximadamente 837,5 milhas náuticas (1.551 km). Agora, no orçamento de defesa proposto para o ano fiscal de 2026, o Pentágono está se mobilizando para arquivar o programa F/A-XX por tempo indeterminado, principalmente para garantir que os recursos possam ser concentrados no F-47 da USAF.

A Marinha também lançou um chamado para “conceitos inovadores” para ampliar o alcance dos F/A-18E/F Super Hornet e EA-18G Growler. A Marinha afirmou estar disposta a considerar ideias que incluam, entre outras, “métodos para aumentar a sustentação, reduzir o arrasto, aumentar o combustível disponível, reduzir o consumo de combustível no convés, aumentar o desempenho do motor; e/ou ajustes na integração e/ou arquitetura de subsistemas ou em controles de voo avançados”.

Além das Forças Armadas dos EUA, operadores estrangeiros de F-35 sem apoio significativo (ou nenhum) de reabastecedores orgânicos também provavelmente estarão muito interessados ​​em tanques de combustível externos para ampliar o alcance de seus jatos. Os esforços israelenses para aumentar o alcance de seus F-35I foram impulsionados, em parte, pelo pequeno tamanho da frota de reabastecedores do país.

Vários usuários de F-35 podem se beneficiar de tanques externos ou CFT para os F-35A/B/C. Na imagem um F-35A da RoNAF (Noruega). Foto: LM.
Vários usuários de F-35 podem se beneficiar de tanques externos ou CFT para os F-35A/B/C. Na imagem um F-35A da RoNAF (Noruega). Foto: LM.

Ainda não se sabe quando novos tanques de combustível externos poderão entrar em serviço nos caças F-35 dos EUA ou de aliados fora de Israel. O programa de modernização do Bloco 4, na totalidade, sofreu seus próprios atrasos e aumento de custos. O orçamento de defesa dos EUA para o ano fiscal de 2026 propõe cortar as compras de novos caças F-35, em parte para fornecer mais financiamento para o esforço do Bloco 4, bem como para sustentar as frotas existentes de F-35. O tempo nos dirá, mas a necessidade mostrada por Israel de atingir alvos a longa distância, motiva o projeto de tanques alijáveis e CFTs para o Lightning II.

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