Taiwan treina para interceptar aeronaves chinesas. Aeronaves da Republic of China Air Force – ROCAF (Força Aérea de Taiwan) realizaram no dia 4 de janeiro um exercício simulado de guerra, onde foi reproduzida uma situação de conflito. O objetivo foi demonstrar sua prontidão para o combate em meio a crescentes tensões militares com a China.
Os exercícios realizados a Base Aérea de Chialy, fazem parte de uma mobilização de três dias de prontidão para mostrar que a ROCAF está pronta para repelir ataques eventuais da China, que podem ocorrer antes dos feriados do Ano Novo Lunar (Ano Novo Chinês), no final deste mês. As tensões no delicado estreito de Taiwan aumentaram nos últimos anos, com Taiwan reclamando das repetidas missões da Força Aérea Exército de Libertação do Povo (PLAAF) e da Marinha do Exército de Libertação do Povo (PLAN) dentro da Air Defense Identification Zone (ADIZ). Aeronaves militares chinesas frequentemente voam na parte sudoeste da ADIZ.
“Com a alta frequência de aeronaves comunistas entrando em nossa ADIZ, os pilotos em nossa Ala são muito experientes e enfrentaram quase todos os tipos de aeronaves”, disse o comandante Yen Hsiang-sheng da 4th Tactical Fighter Wing (4th TFW) de Chiayi (RCKU).
A Base de Chiayi, que é sede de três Tactical Fighter Group (21st TFG, 22nd TFG e 23rd TFG), é uma das principais bases utilizadas para coibir os voos de aeronaves da China.
A China não descartou o uso da força para colocar Taiwan sob seu controle.Taiwan chamou as atividades da China de uma guerra de “zona cinzenta”, projetada tanto para desgastar as forças de Taiwan, fazendo-as lutar repetidamente, quanto para testar suas respostas.
Em uma mensagem de Ano Novo à China na semana passada, o presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse que o conflito militar não é a resposta. Pequim respondeu com um severo aviso de que se Taiwan cruzasse qualquer linha vermelha, isso causaria um “desastre profundo”. Analistas americanos já projetaram que até 2025, seus militares deverão ter algum tipo de conflito com a China. Um das probabilidades é na defesa da ilha dissidente da China, ao qual os EUA tem acordos de proteção.
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