

Tailândia ataca novamente o Camboja. O governo da Tailândia informou nesta segunda-feira (8/12), que realizou ataques aéreos contra o Camboja quebrando o cessar-fogo imposto em 26 de outubro.
Caças Lockheed Martin F-16A da Royal Thai Air Force (RTAF) realizaram bombardeios com bombas inteligentes Elbit Lizard. Os ataques tiveram como alvo posições militares cambojanas perto de templos disputados e áreas de comando, na sequência de bombardeamentos cambojanos em áreas civis tailandesas.
Caças F-16A RTAF realizaram diversos ataques contra o Cassino Chong Arn Ma, localizado em frente ao distrito de Nam Yuen, na província de Ubon Ratchathani, no sul da Tailândia. O cassino, abandonado e situado próximo à fronteira entre a Tailândia e o Camboja, teria sido convertido em um centro de comando e controle, além de depósito de munições e drones suicidas para o Exército cambojano. O Cassino Chong Arn Ma e diversos outros resorts abandonados ao longo da fronteira também foram alvos frequentes durante a última rodada de confrontos entre a Tailândia e o Camboja, em julho.
Quatro civis cambojanos foram mortos nas províncias de Oddar Meanchey e Preah Vihear, segundo o ministro da Informação, Neth Pheaktra. O Exército tailandês afirmou que os bombardeios foram uma reação a combates na fronteira que deixaram um de seus soldados morto e outros quatro feridos.
Os dois países se acusam mutuamente de violar o acordo de cessar-fogo mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O agravamento do conflito levou à realocação temporária de 385 mil civis tailandeses. Tailândia e Camboja disputam há mais de 100 anos o controle de áreas não demarcadas na fronteira entre os países. O frágil acordo abre agora novos embates entres as Forças Armadas dos dois países, podendo reviver o recente conflito iniciado em 24 de julho de 2025. Os combates com ampla vantagem da Tailândia, especialmente no ar, duraram até 29 de julho, quando um armistício foi acordado, seguido de um cessar-fogo assinado em outubro. A Paz sempre foi considerada frágil, uma vez que o problema não foi resolvido: o litígio de fronteira.
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