SwAF reformula sua aviação de caça após a sua entrada na OTAN. O Comandante da Força Aérea Sueca (Sweden Air Force) disse que a invasão da Ucrânia pela Rússia e a adesão da Suécia à OTAN estão levando a SwAF a desenvolver uma nova estratégia para seus caças de próxima geração.
Como resultado desses desenvolvimentos geopolíticos significativos, o governo sueco aumentou seu orçamento militar de 2022 de 1.5% para 2% do PIB (Produto Interno Bruto), um aumento de US$ 3 bilhões de coroas suecas (US$ 286,6 milhões). Com o orçamento maior, o chefe da SwAF Major-General Carl-Johan Edstrom, disse que a Força Aérea está desenvolvendo um plano estratégico que informará os requisitos futuros das aeronaves de combate.
“Precisamos lançar uma nova estratégia, como nação, para nossos sistemas de caça”, disse Edstrom em um discurso em 17 de julho no Royal Air Force Club em Londres. A SwAF espera concluir o trabalho em novembro.
Em junho, a Administração Sueca de Material de Defesa concedeu um contrato de 250 milhões de coroas suecas (US$ 23,8 milhões) à Saab para estudar o desenvolvimento futuro de aeronaves de combate. A Suécia planeja começar a aposentar seus Gripens modelo C/D em 2035 e o estudo da Saab informará sua estratégia para substituir esses jatos.
Questionado se a adesão do país à OTAN exigirá que a SwAF se especialize em alguma área, Edstrom disse ser muito cedo para dizer. Os 30 países membros da aliança acabaram de aprovar a entrada da Suécia e da Finlândia neste mês e a medida não será formalizada até que a decisão seja ratificada pelo corpo legislativo de cada país membro — um processo que pode levar um ano para ser concluído. Edstrom disse que, devido à posição da Suécia como um dos três países ocidentais, ao lado da França e dos EUA, com a capacidade comprovada de construir um caça doméstico, ele espera que a OTAN “ratifique essa posição e fossemos uma nação líder quando trata de desenvolver os futuros sistemas de sexta geração.”
À medida que a defesa sueca faz planos para o desenvolvimento futuro de aeronaves, também está trabalhando em uma estratégia de curto prazo para fortalecer sua frota. Edstrom disse que está “está bem encaminhado” o plano da Força Aérea Sueca de estabelecer um sétimo esquadrão de caça. Esse aumento exigirá que o serviço compre mais Gripens para formar este esquadrão — que virá provavelmente com a compra 60 Gripen E, que junto com outros 60 modelos C/D que estão sendo modernizados pela Saab, devem formar a base da caça sueca até 2035. Vale lembrar que a Suécia está investindo no projeto no Tempest (FCAS), o novo caça de 6ª feito em parceria com o Reino Unido e Itália.
Aliás, a propensa modernização dos Gripen C/D, tira ao menos hoje, a possibilidade de a SwAF de comprar mais um lote de Gripen E. Isto aliado informação de serão desativados a partir de 2035 e o não sucesso de vendas — o Gripen tem sido preterido em diversas concorrências, coloca o caça sueco com uma produção baixa, algo que poderá ter reflexos logísticos e operacionais no futuro.
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