Skyraider II tomará o lugar do Super Tucano no AFSOC da USAF
Skyraider II tomará o lugar do Super Tucano no AFSOC da USAF. O Air Force Special Operations Command (AFSOC) da USAF escolheu como sua próxima aeronave de apoio aéreo aproximado, o OA-1K Skyraider II.
O nome é referência e homenagem a um dos mais icônicos avião de ataque, o Douglas A-1 Skyraider, que serviu tanto na USAF, como embarcado nos porta-aviões da US Navy. A nova aeronave baseada na aeronave civil Air Tractor AT-802, usada originalmente para pulverização de plantações, fornecerá apoio aéreo aproximado e ISR em operações em áreas remotas.
Alguém pode se perguntar por que o AFSOC está optando por um avião agrícola armado para exercer papais que hoje são feitos pelo Lockheed Martin AC-130W Stinger II e General Atomics MQ-9 Reaper? Não seria mais correto usar o Beechcraft AT-6E Wolverine ou o Embraer A-29B Super Tucano? Aeronaves criadas para a missão de Apoio Aéreo Aproximado (CAS) ou Contra Insurgência (COIN)?
Não é o que o ASFOC pensa. Comparado a essas plataformas de ataque/ISR no inventário do AFSOC, o OA-1K Skyraider II preenche a lacuna de uma aeronave mais barata que pode facilmente decolar de pistas curtas e despreparadas devido ao seu histórico como aeronave de pulverização de plantações. Por outro lado, os 10 hardpoints garantem uma capacidade de capacidade ofensiva confiável, que pode ser equipada com pods EO/IR off-board, foguetes guiados/não guiados, mísseis antitanque AGM-114 Hellfire e pods de armas.
Além de ser mais barata de comprar e operar, ele é mais robusto e tem uma capacidade de fogo muito maior. O A-29B, por exemplo, tem somente metade dos pilones do OA-1K — que tem 10 e o AT-6E, somente seis. Com isto a USAF retira de vez a possibilidade do Super Tucano e do AT-6 Wolverine cumprirem a missão no ASFOC, que desde 2001 vinha testando as aeronaves, junto com o AO-1K.
Em outubro de 2024, os três A-29 da USAF foram transferidos da USFOC para a United States Air Force Test Pilot School sediada em Edwards Air Force Base.
A declaração do comandante do AFSOC, Tenente-General Michael Conley, sobre a aeronave:“Teremos a capacidade de moldá-la em algo que o resto da nação talvez nem saiba que precisa agora”, é um aceno a esse fato.
Uma aeronave que não exija muito em termos da base de onde operará pode chegar a dar suporte a missões COIN e SAR do AFSOC potencialmente mais rápido. O AFSOC encomendou 75 OA-1K Skyraider II por um custo total de US$ 3 bilhões, com a primeira unidade a ser entregue este ano.
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@CAS