SICOFAA fortalece as relações entre as Forças Aéreas Americanas. Dentre as nobres missões que a Força Aérea Brasileira (FAB) atua veementemente, destacam-se as ações de Ajuda Humanitária. Para que elas ocorram, o uso de meios e capacidades militares tem sido de grande importância para garantir o apoio necessário à sociedade. No entanto, as barreiras naturais e as distâncias geográficas são obstáculos que, na maioria das vezes, só podem ser superadas por meio aéreo.
Para atuar em cenários complexos e salvar vidas, a união entre as Forças Aéreas do continente americano formou o Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA), cuja missão é promover a troca de experiências, conhecimentos e treinamentos que permitam o fortalecimento das capacidades das forças, de forma a dar suporte às necessidades de seus membros, além de construir laços de cooperação mútua e de interoperabilidade que garantam a eficácia em responder situações de emergência, atendendo às intenções diplomáticas entre os países do continente.
Atualmente, o SICOFAA possui 22 países: Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Além desses, existem ainda três outros países, cognominados “Observadores” e três organizações chamadas de “Convidados Especiais”, atuantes nas deliberações realizadas pelo SICOFAA.
Dentre as missões de ajuda humanitária, a FAB atuou de forma marcante no Peru, em 2017, quando o fenômeno El Niño atingiu a costa do país. Foram transportados mantimentos, água e medicamentos.
Desta forma, o SICOFAA já participou de uma série de eventos reais de desastres durante os terremotos que atingiram o Haiti (2021); o México (2017), e o Equador (2016). Os furacões no Caribe (2017 e 2020); os incêndios que assolaram cidades da Argentina e da Amazônia (2019 e 2020). Recentemente, têm-se as ações de ajuda humanitária realizadas em decorrência da pandemia da Covid – 19, em 2020.
O Subsecretário do SICOFAA, Coronel Aviador Bruno Pedra, explica que a Organização típica de Forças Aéreas ou equivalentes é destinada a promover o poder aéreo. “Hoje, o nosso sistema tem uma organização trienal, pois se tem um ano temático; um ano virtual, no qual treina-se o que será realizado no ano seguinte e o ciclo real, que se faz tudo que foi programado. Assim, conseguimos uma grande evolução do Sistema, pois trabalhamos, efetivamente, em prol dos exercícios Cooperación, que são os ambientes de preparação para os eventos reais que participamos. Eles são essenciais, uma vez que trabalhamos em conjunto com vários países distintos com doutrinas aéreas diferentes e autônomas”, explica.
Assim, a importância da autonomia do Sistema volta essencialmente para a ajuda humanitária. O SICOOFA trabalha nos bastidores da ajuda humanitária, especificamente com a ajuda aeroespacial: “O real sentido é organizar as informações disponíveis e como será realizada a ajuda humanitária. Além disso, quais meios serão empregados, nas primeiras horas após o incidente que gerou o pedido de ajuda”, concluiu o Coronel Pedra.
Fonte: FAB – Agência Força Aérea, por Tenente Eniele Santos.
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