Sensor de velocidade atrasa certificação do MH-139. As leituras imprecisas da velocidade do ar causaram o atraso na certificação por parte da Federal Aviation Administration (FAA) do novo helicóptero Boeing MH-139A Gray Wolf da USAF, o que forçou uma pausa no financiamento feito pelo governo americano. O MH-139A foi escolhido como sucessor do Bell UH-1N Huey.
O MH-139A é a versão militar do Leonardo AW139, proposto pela Boeing e Leonardo para substituir uma frota de 63 Bell UH-1N, que a USAF emprega como aeronaves de ligação, especialmente em bases de mísseis nucleares do meio-oeste e para cumprir missões VIP em Washington, DC. Ele será produzido na planta da Leonardo Helicopters na Filadélfia e militarizado pelo empreiteiro Boeing, também na Filadélfia.
A aeronave não foi incluida no orçamento do ano fiscal de 2022 (FY22), pois apresentou um problema de certificação. A Boeing diz que o problema foi causado por leituras imprecisas de um sensor de velocidade do ar e que o problema foi resolvido ajustando uma carenagem adjacente. Esta correção, permitirá que a aeronave passe por uma nova avaliação por parte da FAA, para obtenção do certificado civil, um passo que antecede a certificação militar. Com isto, o MH-139A só deve ser contemplado no orçamento do ano fiscal 2023 (FY23)
“Ao realizar certas manobras durante o teste de desenvolvimento conjunto da configuração do MH-139, os pilotos descobriram leituras imprecisas por um dos sensores de velocidade no ar”, disse um porta-voz da Boeing. “A solução aprovada foi fazer um ajuste em uma carenagem próxima que acabou resolvendo o problema. A equipe tem trabalhado muito para implementar esta solução de forma rápida e segura, em alinhamento com a Força Aérea. Atualmente estamos buscando validar a solução com a FAA por meio do programa de testes”.
A USAF fechou um acordo de US$ 194 milhões para as primeiras oito das aeronaves de teste para o FY21. Duas destas aeronaves estão cedidas ao programa de teste de voo conjunto com pilotos da Boeing e da Força Aérea na Eglin AFB, na Flórida. Os testes de voo estão programados para continuar até o final de 2022, e serão decisivos para determinar se se o Gray Wolf entra ou não na produção inicial de baixa intensidade (LRIP – Low Rate Initial Production), chamada Milestone C, até o final de 2021.
Se aprovado a produção LRIP inicia em dezembro, com os testes seguindo por mais um ano, visando refinar o projeto e obter a certificação militar de tipo. A USAF quer 84 MH-139A, que devem custar US$ 2,38 bilhões.
“Embora problemas técnicos tenham atrasado a certificação FAA, estamos confiantes de que a Boeing pode fazer as mudanças necessárias para minimizar atrasos no cronograma daqui para frente”, disse Darlene Costello, secretária assistente interina da Força Aérea.
@CAS