Seis candidatos no LCA da Malásia. A Real Força Aérea da Malásia (RMAF – Royal Malaysian Air Force) está iniciando um processo para a aquisição nos próximos três anos de novas aeronaves leves de combate e treinamento conhecido como FLIT/LCA (Fighter Lead-in Trainer/Light Combat Aircraft).
De acordo com o chefe da Força Aérea, General Ackbal Abdul Samad, o projeto segue o previsto no Capacity Development Plan 2055 (CAP55) da RMAF, que irá adquirir até 36 novos caças em duas fases. Na chamada Fase – 1 serão 18 aeronaves, cuja etapa de seleção começou em 2021 e comtemplará o LCA e a Fase – 2, com mais 18 aeronaves no âmbito do projeto RMK-13 que deverá escolher o FLIT.
Os novos LCA darão suporte a frota de jatos de combate Boeing F/A-18D Hornet e Sukhoi Su-30MKM. A RMAF atualmente opera duas variantes do BAE Systems Hawk em funções FLIT/LCA, bem como alguns treinadores Aermacchi MB339. Metade da frota está chegando ao fim de sua vida operacional e deve ser substituída no máximo em 10 anos.
A abertura do processo ocorreu em junho de 2021 e o prazo final para entrega das proposta encerrou no dia 6 de outubro. Segundo a mídia local, foram qualificados para avaliação pela RMAF para o LCA, o HAL Tejas, o UAC MiG-35, a Catic L-15, o Korea Aerospace Industries (KAI) FA-50, a Turkey Aerospace Industries (TAI) com a Hürjet e o Leonardo M-346. Estão fora da lista o CAC/PAC JF-17 Thunder, que teoricamente seria um dos mais fortes concorrentes. Além do JF-17, o Yakolev 130, o Boeing T-7A e o Aero Vodochy L-39NH também não foram listados, este último por não ser supersônico, um dos requisito básicos.
No entanto, informações da RMAF citam que nove empresas solicitaram a documentação para a licitação, o que denota que Boeing, Yakolev e CAC/PAC não quiseram participar ou seus produtos não se enquadraram nos requisitos do projeto.
Pelo projeto, oito aeronaves do lote inicial serão utilizadas como treinadores e 10 como aeronaves leves de combate, em missões ar-solo e ar-ar. Os requisitos incluem capacidade de reabastecimento aéreo, combate além do alcance visual (BVR) e voo supersônico, além de conter pelo menos 30% das peças produzidas na Malásia. O fabricante também deve ser capaz de iniciar as entregas dentro de 36 meses a partir da assinatura do contrato.
De todos os concorrentes, o TAI Hürjet é a única aeronave dos seis que ainda não fez o voo inaugural. O que deve ocorrer antes do final de 2022. Ele irá substituir o Northrop T-38 Talon na Força Aérea Turca, e também terá uma variante de combate leve.
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