Secretário de Defesa dos EUA quer US$ 3,5 bilhões para o programa F-47 no orçamento de 2026. O Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que a USAF buscará garantir o valor de US$ 3,5 bilhões no orçamento de 2026 para o programa do seu futuro caça F-47. A informação foi dita aos parlamentares durante uma audiência realizada em 10 de junho no Subcomitê de Dotações de Defesa da Câmara dos Deputados.
Os políticos responsáveis pela aprovação do programa na Câmara estão oferecendo um valor um pouco menor de US$ 3,2 bilhões, mas um projeto de lei dos republicanos tenta aumentar esse valor em US$ 400 milhões, para acelerar a produção do F-47.
“O presidente Trump nos encarregou de tomar algumas situações importantes corrigindo situações adiadas que ignoraram prioridades paroquiais, em grande parte, e focar no que o departamento precisa, onde precisa e quando precisa. Isso significa algumas decisões difíceis”, disse Hegseth.
Os representantes do Pentágono que acompanhavam o Secretário na audiência, afirmaram que os militares investirão em tecnologias avançadas que poderão prevalecer em uma eventual guerra com a China, ao mesmo tempo em que cortarão equipamentos menos resilientes.
“O F-47 será o caça mais avançado, letal e adaptável já desenvolvido, com tecnologias furtivas de última geração para ficar um passo à frente dos adversários da América. Ele terá alcance significativamente maior, furtividade mais avançada, será mais sustentável, terá maior capacidade de suporte e maior disponibilidade do que os nossos atuais caças de quinta geração. Ele exigirá significativamente menos mão de obra e infraestrutura para ser implantado”, disse Hegseth.
Em 04 de junho, a Bloomberg informou que o programa F-47 da Boeing e USAF poderia utilizar parte das verbas destinadas ao futuro caça naval da Marinha Americana, atualmente designado como F/A-XX. O F-47 inicialmente consumirá cerca de US$ 20 bilhões e ao longo dos anos deverá ultrapassar as centenas de bilhões de dólares.
O Secretário Hegseth também indicou que a USAF poderá abandonar o projeto de substituição dos envelhecidos E-3 Sentry AWACS por novos E-7 Wedgetail. “Há plataformas e sistemas que apoiamos e outras que não apoiaremos mais daqui para frente”, disse Hegseth quando questionado sobre o caminho a seguir na aquisição do E-7.
“Aprendemos muito com o que aconteceu na Ucrânia. Aprendemos muito com o que a China está tentando fazer e com os sistemas que está construindo. Portanto, se temos sistemas e plataformas que não são viáveis no campo de batalha moderno ou que não nos dão vantagens em combates do futuro, temos que tomar decisões difíceis agora”, ressaltando que os futuros grandes investimentos em inteligência, vigilância e reconhecimento serão baseados no espaço.
O presidente do Comitê de Dotações da Câmara, o deputado de Oklahoma Tom Cole, sede da Base Aérea de Tinker, onde estão baseados os E-3 Sentry restantes, alertou contra a desativação das capacidades existentes em meio a projetos não comprovados de tecnologias espaciais. Cerca de metade dos E-3 foi desativada enquanto a USAF tenta montar uma rede de sensores que possa executar a mesma missão.
“Estou neste comitê há muito tempo”, disse Cole. “Vi o Exército dos EUA desperdiçar US$ 29 bilhões no programa Future Combat Systems porque ele seria ótimo. Gostaria apenas de pedir que vocês analisassem isso com bastante cuidado ao tomarem a decisão”, disse ele. “Certamente faremos isso como comitê.”
O Pentágono aguarda os legisladores aprovarem o projeto do orçamento 2026 de aproximadamente US$ 832 bilhões para esta semana e a publicação oficial até o final deste mês de junho.
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