Satélite produzido pelo ITA completa três anos em órbita. O CubeSat ITASAT, nanossatélite produzido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), recentemente completou três anos de atividade. Lançado da base de Vandenberg, na Califórnia (EUA), pelo lançador Falcon 9 da Space-X, contratado pela operadora do lançamento Spaceflight, o ITASAT entrou em órbita da Terra por volta das 20h do dia 03 de dezembro de 2018. Aproximadamente duas horas depois, o primeiro sinal foi recebido pelo radioamador PY4ZBZ (Roland), em Sete Lagoas (MG).
Nessa mesma data, mas já em 2020, foi lançado um novo desafio à comunidade radioamadora: interagir com o ITASAT no modo de experimento radioamador, em comemoração aos dois anos em órbita. Naquela ocasião, uma operação – coordenada entre as estações terrenas do INPE em Natal (RN) e em Santa Maria (RS) – foi realizada com sucesso.
Para celebrar os três anos em órbita, estando o satélite ainda operacional, foi programada, novamente, uma ação entre as estações terrenas do INPE. A estação de Natal recebeu telemetrias do ITASAT demonstrando seu estado e a estação de Santa Maria (operada pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM) enviou comandos para o satélite e o colocou no modo de experimento radioamador, configurando o satélite para transmitir a mensagem “3anos_ITASAT” (com o satélite operando no modo repetidor). Essa mensagem foi capturada pelo radioamador Roland que, assim como no lançamento, foi um dos primeiros a receber a telemetria do ITASAT nesta data.
Durante a passagem do satélite, em comemoração à data, estavam presentes o Gerente do Projeto, Professor Doutor Luís Loures do ITA; o Radioamador Edson Pereira, um dos idealizadores do experimento radioamador; os coordenadores e operadores das estações do INPE de Natal e Santa Maria, juntamente com a Doutora Maria de Fátima Mattielo, também do INPE, e de antigos integrantes do projeto ITASAT que coordenaram a operação de São José dos Campos, a partir do Centro Espacial ITA (CEI).
Finda sua missão de um ano, o ITASAT vem sendo utilizado hoje, com o apoio da AEB, para treinar operadores de satélites. Dessa forma, o satélite ultrapassou em três vezes a sua vida útil programada de um ano, ainda permanecendo em operação. Ao longo desses três anos em órbita, a experiência obtida com a missão vem sendo empregada pelo ITA em seus atuais projetos. As atividades de operação do satélite, em conjunto com a parceria das estações do INPE, enriquecem não somente o ITA, mas também contribuem para formação de recursos humanos nesses Institutos e para a validação e calibração das estações terrenas em seus respectivos projetos espaciais.
Fonte: FAB
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