SAAF: Gripens continuarão no solo. Três meses depois que a frota de caças Saab JAS 39C/D Gripen da South African Air Force (SAAF) ter sido temporariamente suspensa de voo, ou se preferir, “groundeada”, a situação praticamente não mudou e a promessa de resolver o assunto até abril, poderá se arrastar por mais tempo.
A última proposta de suporte para os caças Gripen da SAAF oferecido pela Saab está bem além do orçamento do Ministério da Defesa Sul-africano. A Armscor (Armaments Corporation of South Africa) está atualmente negociando para reduzir o preço. Enquanto isso não ocorre, a frota Gripen permanece estocada, uma vez que não há contrato válido de manutenção.
Os Gripen da SAAF foram temporariamente suspensa de voo devido à falta de recursos financeiros, que impediram que os contratos de manutenção e suporte fossem renovados com a Saab e a Armscor. Na prática, os Gripens da SAAF já estavam praticamente fora de voo desde o início novembro por questões de manutenção e suporte, fato que só se agravou em dezembro. A situação financeira não mudou em 2022 e com o agravamento da pandemia na África do Sul face ao surgimento da variante Ômicron, ficou na prática ainda pior.
“A Armscor esteve envolvida em inúmeras negociações de contratos. Devido à mudança nos requisitos da SAAF para se adequar ao orçamento, o processo está sendo reiniciado para garantir que o futuro contrato garanta aeronaves operacionais.”
Armscor disse que é preocupante que a atual alocação orçamentária da SAAF tenha sido inadequada desde o início do contrato de apoio. A preocupação geral é que as aeronaves estão envelhecendo e exigem atualizações de meia-idade. O Gripen também precisa ser equipado com um míssil além do alcance visual (BVR) para ser uma aeronave de superioridade aérea eficaz, mas isso, também não está no escopo do negócio.
Das 26 aeronaves, 13 estão inoperantes; 2 estão além do reparo econômico; e 11 estão em armazenamento de longo prazo. As negociações entre a Saab, a SAAF e a Armscor sobre o contrato de suporte estão demorando mais do que o esperado, e com isto, os prejuízo são ainda imensuráveis e médio prazo. Além de expandir o prazo para recuperação da capacidade de voo de cada aeronave, os pilotos já perderam a sua capacidade de voo no Gripen, e terão que requalificar, o que só será possível após o manutenção de parte da frota. Com otimismo isto só poderá ser alcançado em maio – ou junho deste ano. Com pessimismos só no final do ano, se o orçamento permitir.
A maioria dos outros jatos de combate da SAAF também não está voando. Um contrato de suporte com a BAE Systems de R250 milhões para os treinadores de caça Hawk está em vigor e permanece válido até 30 de agosto de 2024. No entanto, o orçamento atual da SAAF permite manter apenas nove aeronaves , não havendo previsão de ser ampliado para cobrir os 24 Hawks. Com isto, dos 24 jatos, 12 estão em armazenamento de longo prazo, 3 estão em reparo econômico, 2 estão parados e apenas 7 podem voar.
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