Saab reestrutura equipe em busca de novos negócios com a OTAN. A Saab está reorganizando sua equipe de alto escalão, em uma tentativa de posicionar melhor a empresa no mercado europeu e com os EUA. As mudanças estão sendo coordenadas por Micael Johansson, Presidente e CEO da Saab, e tem como objetivo buscar novas oportunidades de negócios com os países membros da OTAN.
Anunciada em 10 de fevereiro, as mudanças serão efetivadas a partir de 1º de março. Entre as alterações, será criado Departamento de Assuntos de Governo, chefiado por Jonas Hjelm, e que reflete o pensamento da Saab sobre um “cenário geopolítico em mudança”. Por sua vez, Lars Tossman, deixa o comando da Unidade naval Kockums (subsidiária da Saab), para assumir a liderança da Área de Negócios Aeronáutica, que era chefiada por Hjelm.
A invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, aumentou os gastos com equipamentos militares entre os membros europeus da OTAN e também estimulou a Finlândia e a Suécia a buscar a adesão à atual aliança militar de 30 nações.
“Após maiores gastos com defesa em nossos principais mercados e a adesão da Suécia à OTAN, estamos fortalecendo ainda mais nosso foco em assuntos governamentais”, disse Johansson sobre a decisão.
Embora o conflito ainda não tenha resultado em novas compras de aeronaves de combate, a Saab retomou a fabricação de mísseis antitanque NLAW sob um pedido do Reino Unido, que estão doando o equipamento para o governo ucraniano.
“Acho que os países da Europa continuarão a aumentar seus gastos com defesa por muitos anos”, disse Johansson durante uma apresentação dos resultados de 2022 (detalhes aqui). “A OTAN está agora se reunindo novamente para discutir qual é o piso de gastos para ser uma aliança forte. Atualmente é 2% [do PIB nacional], mas não ficaria surpreso se fosse aumentado no próximo encontro da Cúpula da OTAN”, afirmou o Executivo.
A Saab também está de olho nas vendas da nova geração de caças Gripen E, que até o momento acumula uma carteira depedidos para 96 unidades, sendo 60 para a Suécia e 36 para o Brasil.
“Há intensidade no mercado. Estamos envolvidos em algumas campanhas, tanto na América do Sul quanto na Europa, quando se trata de aeronaves Gripen”, afirmou Johansson.
Fonte: Flight Global
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