RVS do KC-46A ainda é um problema. A USAF e a Boeing ainda estão trabalhando para corrigir os problemas com a próxima versão do Remote Vision System (RVS) do KC-46A Pegasus. A correção depende de um redesenho do sistema, que ainda não foi definido, o que pode atrasar ainda mais sua entrada em serviço, deixando o KC-46 longe de ser uma aeronave de reabastecimento completamente apta para missões de combate.
A porta-voz do Air Mobility Command (AMC), Major Hope Cronin, disse dia 10 de janeiro que a USAF ainda não aceitou por completo projeto substituto proposto para o sistema RVS, tão pouco encerrou sua revisão preliminar do projeto. A AMC originalmente esperava que essa revisão, realizada em maio de 2021, fosse concluída no outono americano de 2021.
O KC-46 tem tido vários problemas, mas de longe o sistema RVS tem sido a maior dor de cabeça do programa KC-46. O RVS, uma rede de câmeras e sensores em tese auxiliam os operadores do flying boom para guiar sua lança de reabastecimento até a aeronave que está sendo reabastecida. o contrarío do KC-135 e KC-10, no KC-46 o operador está postado na cabine de comando e não na parte traseira da aeronave, junto a lança de reabastecimento.
O RVS 2.0 – como está sendo designado, surgiu como uma luz no fim do túnel, prometendo mais agilidade e precisão por incorporar sensores Light Detecting And Ranging (LiDAR) ou sensores de detecção e alcance da luz, que prometem um reabastecimento aéreo autônomo e preciso tanto diurno como noturno.
O sistema RVS original apresenta problemas em certas condições de iluminação nas quais as imagens às vezes ficavam difíceis de serem vistas ou ficavam distorcidas, aumentando o risco de operadores da lança de inadvertidamente colidir a mesma com aeronave receptora. A USAF e a Boeing decidiram em abril de 2020 substituir o RVS original por uma versão redesenhada chamada de RVS 2.0, que deveria entrar em serviço em 2023. Cronin disse que o desenvolvimento geral do RVS 2.0 continua dentro do cronograma.
Mas a AMC recomendou que a revisão permaneça aberta após o outono de 2021 “até que a resolução seja alcançada para resolver as deficiências do sistema visual panorâmico que detecta, reconhece e identifica as aeronaves receptoras durante os procedimentos de reabastecimento aéreo”, disse Cronin.
O projeto do RVS 2.0 será incorporado em seu contrato e se tornará uma especificação de projeto fornecida pelo governo quando a revisão for encerrada, disse Cronin.
“Apesar do atraso com o fechamento do PDR, continuamos confiantes nos esforços contínuos da equipe técnica conjunta da USAF-Boeing para identificar e solucionar deficiências para garantir que o KC-46 possa realizar com segurança sua missão primária de reabastecimento aéreo”, disse Cronin.
Apesar do discurso oficial da USAF de otimismo, a verdade é que o programa KC-46 ainda paira sob a desconfiança de que o Pegasus não deve estar apto para operações reais em 2023, deixando a USAF com um problema real nas mãos. A solução parece ser o arrendamento de aeronaves privadas para suprir a carência da USAF por reabastecimento em voo nos próximos anos, através do programa Programa Bridge Tanker.
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