Rússia teria perdido 60 aeronaves na Guerra com a Ucrânia
Rússia teria perdido 60 aeronaves na Guerra com a Ucrânia. Após mais de 280 dias de guerra, o saldo não é positivo para a Russian Federation – Aerospace Forces (RF-VKS) ou Força Aérea da Federação Russa. A Forças Aérea de Vladimir Putin teria perdido, segundo dados da inteligência britânica, mais de 60 aeronaves de combate, sem conseguir imprimir uma real supremacia aérea. As mais de seis dezenas não incluem outras dezenas de helicópteros perdidos pelas Forças Russas.
Para evitar mais prejuízos, a RF-VKS passou a realizar menos missões diurnas para tentar “driblar” a ameaça contínua das defesas aéreas da Ucrânia. Segundo a análise dos britânicos feita na segunda-feira 5/12, os ataques aéreos russos permanecerão limitados à medida que o inverno se aprofunda.
Em sua última atualização de inteligência, o Ministério da Defesa em Londres disse: “Nos últimos meses, o número de missões de aviões de guerra táticos russos sobre a Ucrânia foi reduzido significativamente. Os aviões russos provavelmente estão realizando dezenas de missões por dia, contra até três centenas/dia em março de 2022. A Rússia até agora perdeu mais de 60 aeronaves de asa fixa no conflito, incluindo provavelmente um caça-bombardeiro Su-24M Fencer e uma aeronave de ataque ao solo Su-25 Frogfoot na semana passada”.
O relatório continua: “O declínio nas surtidas é provavelmente o resultado da alta e contínua ameaça das defesas aéreas ucranianas, limitações nas horas de voo disponíveis para aeronaves russas e piora do clima, que gerou abortivas. Como as táticas de ataque terrestre da Rússia dependem fortemente de identificação visual, pois usam munições não guiadas, é provável que a força aérea russa continue com uma baixa taxa de operações em ataques terrestres durante o inverno”.
No entanto, a Rússia vem atacando infraestruturas importantes na Ucrânia, incluindo usinas de energia, há semanas, causando blecautes e deixando milhões sem aquecimento à medida que as temperaturas despencam com uso de mísseis de cruzeiro, alguns disparados de bombardeiros no limite de seu território, o que denota uma nova tática. Informações dos britânicos também ressaltam que como a guerra se estendeu muito além do previsto, o desgaste das aeronaves, problemas logísticos, panes e diagonais de manutenção estão reduzindo a disponibilidade da RF VKS. Até mesmo pilotos estão faltando. Há uma aposta que o invernos seguirá com ataques aéreos com mísseis e pontuais de aeronaves, visando reagrupar e aumentar a disponibilidade para um levante final na primavera.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu aos cidadãos que sejam pacientes e fortes para suportar os rigores do inverno. “Para passar por este inverno, devemos ser ainda mais resilientes e unidos do que nunca”. O prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, disse no Telegram que os apagões serão limitados a partir de segunda-feira a interrupções de “estabilização” planejadas para trazer a rede de volta ao funcionamento, mas acrescentou que a situação continua “difícil”.
A maior fornecedora de eletricidade da Ucrânia, a DTEK, disse que apagões são esperados em três outras regiões: Odessa, Donetsk e Dnipropetrovsk, no sul e no leste do país. Em Kherson, sem energia desde que as forças russas abandonaram a cidade no mês passado, o governador regional disse que 85% dos clientes tinham energia.
Os militares ucranianos disseram que as forças russas pressionaram por melhores posições táticas para avançar em Bakhmut e na cidade de Avdiivka, dentro do território controlado pela Ucrânia. O Ministério da Defesa da Rússia disse que suas tropas estão realizando operações bem-sucedidas na área de Bakhmut e repeliram os ataques ucranianos na direção de Donetsk. As forças russas também bombardearam 25 assentamentos ao longo das linhas de frente no sul, incluindo Kherson e Nikopol – no lado controlado pelos ucranianos do reservatório de Kakhovka, em frente à usina nuclear de Zaporizhzhia, controlada pelos russos.
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