RPAS Mojave voou a partir do Porta-Aviões HMS Prince of Wales

RPAS Mojave voou a partir do Porta-Aviões HMS Prince of Wales. Um drone do Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (RPAS) General Atomics Mojave decolou e pousou com segurança a bordo do HMS Prince of Wales (R09) da Royal Navy, no primeiro teste desse tipo realizado na costa leste dos Estados Unidos em 15 de novembro.

A decolagem foi realizada em ângulo aproveitando o ângulo do convés e não utilizou a rampa (sky jump). O desafio a longo prazo será definir o envelope operacional seguro para a aeronave quando carregada com combustível, armas e sensores e operando em condições menos favoráveis. Recuperar o RPAS sem auxílio de sistemas de retenção, será outro caso de segurança interessante a ser estudado, quando houver outras aeronaves estacionadas no convés.

RPAS Mojave voou a partir do Porta-Aviões HMS Prince of Wales. Observe a linha branca inclinada em relação à linha central marcada no convés para o teste. Foto: GA-ASI.

O Mojave é uma variante do GA-ASI MQ1C Gray Eagle, adaptado para decolagens e pousos curtos (STOL) em pistas e não preparadas. Desenvolvido com a filosofia da família MQ-1C Grey Eagle e MQ-9 Reaper, o Mojave é um UAS expedicionário versátil.

Aderindo aos princípios do Modular Open System Approach (MOSA), o UAS Mojave aproveita os aviônicos modernizados, links de dados, integração de sensores e estação de controle de solo para laptop do programa Grey Eagle 25M da GA-ASI. Esses recursos — juntamente com as asas ampliadas do Mojave com dispositivos de alta sustentação, motor de 450 HP comprovado em combate e os trens de pouso robustos — o tornam ideal para superfícies semi-preparadas e curtas.

Com maior área de asa, o Mojave pode transportar até 16 mísseis Hellfire ou equivalentes e munições variadas ou pods de reabastecimento logístico. Ele fornece maior flexibilidade operacional enquanto continua equipado com um conjunto multissensor que inclui eletro-óptico/infravermelho (EO/IR), radar de abertura sintética/indicador de alvo móvel no solo (SAR/GMTI), inteligência eletrônica (ELINT) e Signals Intelligence (SIGINT) para apoiar missões terrestres ou marítimas em Joint All-Domain Operations (JADO).

O Mojave foi controlado por uma tripulação aérea de uma estação de controle a bordo do navio. A demonstração incluiu decolagem, circuitos e aproximações e terminou com um pouso de volta ao porta-aviões. Foto: GA-ASI. — O Mojave foi controlado por uma tripulação aérea de uma estação de controle a bordo do navio. A demonstração incluiu decolagem, circuitos e aproximações e terminou com um pouso de volta ao porta-aviões. ***Foto: GA-ASI.***

O Mojave tem 9 m de comprimento e 17 m de envergadura, sendo seis metros mais largo que um F-35B. Foto: GA-ASI.

RPAS Mojave voou a partir do Porta-Aviões HMS Prince of Wales. O GA-ASI Mojave decola do R09. Foto: GA-ASI. — RPAS Mojave voou a partir do Porta-Aviões HMS Prince of Wales. O GA-ASI Mojave decola do R09. ***Foto: GA-ASI.***

Sistemas Aéreos Remotamente Pilotados (RPAS) de Média Altitude e Longa Resistência (MALE) como esses ofereceriam ao porta-aviões uma capacidade ISR persistente e poderiam até mesmo ser armados. O derivado SeaGuardian do MQ-9B tem um alcance de 6.000 nm, é capaz de permanecer na estação por até 25 horas e possui nove pontos rígidos para um sensor ou carga útil de arma de até 2.100 kg. O SeaGuardian pode ser equipado com uma variedade de radares marítimos e sensores EO e até mesmo conduzir ASW quando equipado com um dispensador de sonobóia.

O drone Mojave é o maior veículo não tripulado proveniente de um porta-aviões que não seja da Marinha dos EUA e muitos parceiros internacionais estão interessados nos resultados dos testes.