RNoAF fecha base de Bodø e se despede dos F-16AM/BM. Fim de uma era na Royal Norwegian Air Force RNoAF (Luftforsvaret) ou Força Aérea Real Norueguesa. Após 42 anos de serviço, os caças Lockheed Martin F-16AM/BM Fighting foram oficialmente desativados em 6 de janeiro de 2021 na da Base Aérea de Bodø, que também encerrou nesta data suas atividades. Bodø foi a base aérea mais importante da Noruega desde a Guerra Fria até os dias de hoje, operando aeronaves de caças a jato desde 1955.
Localizada cerca de 80 km dentro do Círculo Polar Ártico, Bodø está estrategicamente localizado na costa do Mar da Noruega e a uma curta distância para proteger o espaço aéreo norte da Noruega contra a aviação militar russa que sai da Península de Kola. O fechamento de Bodø, não só marca o fim de um capítulo histórico no Alerta de Reação Rápida (QRA – Quick Reaction Alert) da OTAN, mas também o fim de 42 anos do F-16 como principal caça do RNoAF.
Os F-16AM/BM foram substituídos pelos Lockheed Martin F-35A, inclusive no QRA, que foi transferido para Evenes, sendo implantado oficialmente a partir das 11h45 do dia 6/01. Ao mesmo tempo que que foi ativado o QRA com dois F-35 em Evenes, o QRA em Bodø com dois F-16AM era desmobilizado, marcando o fim da vida operacional deste caça na RNoAF.
Atualmente, a RNoAF recebeu 24 dos 52 novos Lightning II. A RNoAF que deve receber o último exemplar até 2025. Os F-35 estão baseados na Base Aérea de Ørland no sul da Noruega junto ao 332 Sq. Porém a unidade passa a ter um destacamento feito em forma de rodízio de tripulação e aeronaves no QRA da OTAN em Evenes, perto de Harstad, no norte.
“O F-16 serviu muito bem às forças armadas norueguesas e à nação por mais de 40 anos, até sua substituição pelo F-35. O Ministério da Defesa deixou claro seu desejo de que os F-16 noruegueses continuem sendo usados por outros membros da aliança da OTAN. Estamos, portanto, satisfeitos que a Agência Norueguesa de Material de Defesa concordou em vender até 12 aeronaves para a Draken International, uma empresa que oferece serviços para os militares dos EUA”, disse o ministro da Defesa norueguês Odd-Roger Enoksen.
“Também continuamos nossas discussões com os aliados da OTAN sobre a venda de vários F-16 noruegueses. Portanto, estou ansioso para ver nossas aeronaves permanecerem em serviço ativo por algum tempo ”, acrescentou.
A Noruega foi uma das quatro primeiras forças aéreas europeias a operar o F-16 Fighting Falcon, recebidos à partir de janeiro de 1980. No total, a Luftforsvaret (RNoAF) operou 74 F-16A/B designados para os esquadrões 331 skv, 332 skv, 334 skv e 338 skv. Destes, 56 células foram atualizadas no programa MLU (Mid Life Upgrade). No fim de uma carreira cerca de 33 estavam no inventário, sendo 28 AM e 5 BM, todos operacionais no 332 Sq.
Da frota remanescente um foi preservado (RNoAF 687), 12 foram negociados com a empresa americana Draken International e os demais 20 estão disponíveis para venda, cuja a Romênia demonstrou interesse.
Siga-nos no Twitter @RFA_digital
@CAS