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RFA 156 – Editorial

10 de outubro de 2025
Um helicóptero Kamov Ka-52 “Alligator” (OTAN Hokum-B) das Forças de Defesa da Federação Russa é visto em voo, armado com lançadores de foguetes. Apesar de imponente, mais de 66 aparelhos foram perdidos na Guerra da Ucrânia. Até junho de 2025, mais de 335 aeronaves de asas rotativas russas haviam perecido na guerra. O conflito no leste europeu já traz uma nova lição: o custo e a eficiência dos helicópteros já não superam os dos drones, que além de mais baratos, são hoje mais eficientes. Foto: Kamov.   

Editorial

A guerra está se transformando a cada dia diante dos nossos olhos.

Novas tecnologias em desenvolvimento há algum tempo ou criadas em tempo recorde estão aparecendo nos campos de batalha do mundo todo. Na Ucrânia, aeronaves convencionais russas não conseguiram obter a superioridade aérea sobre o teatro de operações. Tanques e outros blindados, helicópteros de ataque e grandes navios de superfície mostraram comprovada vulnerabilidade. Institutos internacionais de estudos estratégicos respeitados estimam que não menos de 3.000 tanques russos foram destruídos na Ucrânia.

Já os ucranianos perderam 87% de seus tanques norte-americanos M1A1 Abrams e 20% de seus tanques Leopard até aqui. Ao todo, a Ucrânia havia perdido 919 carros de combate até setembro do ano passado.

Os helicópteros de ataque também sofreram pesadas baixas. Até junho, 336 aeronaves de ataque com asas-rotativas foram perdidas pelos russos sobre a Ucrânia, vítimas de mísseis MANPAD (Man Portable Air Defense System) – mais conhecidos por aqui como mísseis de ombro – tipo FIM-92 Stinger, Starstreak, Igla, Mistral e RBS-70. O helicóptero russo mais temido é o Ka-52 Alligator, um dos mais manobráveis do mundo. Cerca de 64 unidades da frota russa, de 166, foram perdidas na Ucrânia.

Até o início de junho, 336 helicópteros russos foram derrubados naquela guerra. Mas os números não param aí: 413 aeronaves de asa fixa também foram destruídas; destas, 37 eram modernos Su-34 Fullback.

No mar, a guerra começou com uma determinante vitória da frota russa que se transformou em um bloqueio dos portos ucranianos no Mar Negro. No entanto, drones aéreos e navais, além de mísseis lançados da costa, destruíram um grande número de navios russos — algumas estimativas calculam que até 40% da frota russa do Mar Negro foi destruída ou incapacitada. Navios como o Moskva, o Capitânia da frota russa, um cruzador de 11.500 toneladas, foi destruído por dois mísseis Neptune lançados de terra; o Ivanovets e o Tsezar Kunikov, foram afundados por drones navais Magura V5, mostraram-se obsoletos diante de tecnologias simples e baratas. O afundamento de tantos navios forçou a Rússia a proteger seus vetores em portos mais distantes da linha de frente.

Já as guerras de Nagorno Karabakh, o conflito entre a Índia e o Paquistão e a guerra Irã-Israel vêm demonstrando que era eficaz até pouco tempo atrás, atualmente, não surte mais efeito. Blindados, baterias antiaéreas, bases aéreas fixas e algumas capacidades como grandes operações aerolançadas, aerotransportadas ou anfíbias em áreas contestadas — o que não inclui as operações de forças especiais ou de comandos anfíbios — são extremamente vulneráveis.

O que vemos nos campos de batalha é a integração de meios em sistema, a dominância das aeronaves AEW no combate BVR, a utilização de drones baratos usados em massa e às vezes lançados de dentro do território inimigo, como fizeram a Ucrânia e Israel, a superioridade das aeronaves furtivas, os mísseis de ombro dificilmente localizáveis e altamente móveis, armas de energia dirigida e até robôs. Sim, existem relatos de que pelo menos um oficial de alta patente do Irã foi morto por um robô.

Um interessante exemplo dessa revolução no campo da guerra foi a recente desistência da Polônia de adquirir 32 helicópteros S-70i Black Hawk, afirmando que a guerra na Ucrânia tem ensinado que eles não são mais tão necessários. Disseram, ainda, que preferem adquirir algo mais eficiente como drones, por exemplo.

Em todos os campos de batalha deste conturbado 2025, quem tem demonstrado a capacidade de reagir rapidamente e de pensar fora da caixa tem obtido sucesso.

A massa tem superado a sofisticação. As últimas ações militares provaram que, em muitos casos, mais vale um grande número de vetores simples e baratos do que caríssimas e sofisticadas armas e capacidades de uma época que já se pode chamar de recente.

Não é fácil obter, treinar, operar e manter vetores sofisticados no meio de uma guerra. O preço dos meios e o seu tempo de maturação são altos e longos demais para estarem prontos no estalar de um dedo. É aí que entra a criatividade humana.

Leia mais em https://forcaaerea.com.br/

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Editorial da edição número 156 – Outubro de 2025 da Revista Força Aérea (RFA). A Revista Digital de Aviação Militar Brasileira.

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Nossa capa | Pela 6ª vez, os bombardeiros Stealth Northrop Grumman B-2A Spirit da USAF entraram em ação. Dessa vez, a ação de sete Spirits ocorreu na Operação Midnight Hammer, como foi designado o ataque às plantas nucleares iranianas de Natanz e Fordow, realizado na noite de 21 de junho de 2025. Foto: USAF.

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