Há quase 80 anos, em plena Segunda Guerra Mundial, em 11 de março de 1945, em Forli, Itália, aconteceu um encontro inusitado entre dois brasileiros. De um lado, o colinense Tenente Rui Barbosa Moreira Lima, do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira, e, do outro lado, o curitibano Frederick Charles Tate, do 208 Squadron da RAF, então servindo no 318 Squadron, a unidade polonesa de Spitfire da RAF.
O então Tenente Rui jamais imaginaria que, ao realizar um pouso de emergência, após ser alvejado pela Flak alemã, após um ataque à ponte de Casarsa, localizada ao norte de Veneza, iria encontrar um anglo-brasileiro entre os pilotos poloneses de Supermarine Spitifire. Foi algo surpreendente, engraçado, e que gerou uma grande amizade, não só com Rui, mas com os demais veteranos do 1º GAVCA, com o qual conviveu por anos e anos nos picadinhos feitos no Rio de Janeiro.
Esta história está muito bem contada no livro “Senta a Pua!”, do Brigadeiro Rui. Tate tinha dupla cidadania e serviu na Royal Air Force (RAF) por vários anos, antes de regressar ao Brasil, onde se estabeleceu e formou sua família. Tate, que nos deixou em novembro de 1998, teve participação ativa no final da Segunda Grande Guerra, tanto no Teatro de Operações do Norte da África quanto no Teatro de Operações Europeu, assim como nos desdobramentos que ocorreram no pós-guerra, no Oriente Médio.
Poucos conhecem a trajetória deste brasileiro. Por isso, a Revista Força Aérea resolveu realizar uma conversa com os três filhos dele, a fim de conhecer um pouco mais de sua trajetória, que resultou em uma entrevista inédita, em que podemos conhecer um pouco mais da vida deste piloto de caça brasileiro.
Além de sua passagem pela Royal Air Force, foi possível saber um pouco mais de sua vida em geral, seus hábitos e, claro, como um jovem brasileiro ganhou asas em um Spitfire, voando em céus em conflito na África, Itália e Palestina.
Frederick Tate faz jus ao apelido “The Great Tate”.
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