O mundo está em plena transformação. A sensação de todos os habitantes do planeta é a de que temos placas tectônicas se movendo, só que, desta vez, não é um fenômeno geológico, mas cultural, ideológico e religioso.
Existem, hoje, três grandes forças que agem com afinco para modificar o status quo que dominou a Terra nos últimos quinhentos e poucos anos.
Em primeiro lugar, aparece a esquerda socialista, ou comunista, liderada pela China e com vertentes em praticamente todos os países do mundo, seja no governo ou fora dele. A Rússia, outrora comunista, é atualmente um país liderado por um único homem, cujo sonho é mais o de recriar a antiga Rússia Imperial do que o de irradiar ideologia marxista/leninista/gramsciana. Nas grandes questões mundiais, os dois países costumam caminhar de braços dados, e, no caso de um conflito geral, é de se supor que se alinhem. Militarmente, os dois países possuem arsenais que se completam com sinergias na terra, no mar e no ar. A dificuldade enfrentada pela Rússia para derrotar a Ucrânia rapidamente, aposta de nove entre dez especialistas, vem chamando a atenção. Mas, em um conflito livre de amarras, no qual esses dois países, além de seus aliados, possam empregar toda a sua força, apresentam formidável potencial. É bom lembrar que os dois países dispõem de invejáveis arsenais nucleares. A China, particularmente, vem silenciosamente penetrando o Ocidente, a África e a América do Sul, seja adquirindo ativos ou proeminência política.
A segunda força que, há algumas décadas, vem surgindo no cenário mundial é o Islã. Aos poucos, e de forma extremamente organizada, milhares de seguidores vêm surgindo nas mais diversas fronteiras do Ocidente. Solicitam refúgio e logo fazem parte da sociedade de vários países ocidentais, particularmente na Europa. Em pouco tempo, conquistam bairros inteiros, nos quais os elementos de segurança do estado não conseguem entrar. Ao mesmo tempo, seus membros mais brilhantes vêm alçando cargos importantes nas sociedades para onde emigram.
Ao contrário de seus antecessores de outros países, que se adaptaram aos seus novos lares, incorporando sua cultura, suas leis e a fidelidade de um cidadão à nova bandeira, os mais recentes imigrantes do islã, homens solteiros em idade militar, não buscam a integração, mas importam sua cultura, sua religião e sua lei – a Sharia.
Não fosse a rivalidade entre membros de vertentes distintas do islã, os sunitas e os xiitas, que interpretam de forma diferente as escrituras milenares, estariam com ainda mais foco no que o mundo inteiro já considera uma invasão pacífica.
Militarmente, o Islã vem aperfeiçoando sua indústria de defesa, ainda atrás da China e da Rússia, mas com alguns polos de excepcional tecnologia se destacando, particularmente, no Irã, na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos, sem contar a Turquia — esta prometendo ser a principal potência do mundo islâmico no futuro.
O Islã, hoje, se divide entre grupos radicais que levam o “jihad”, ou guerra santa, ao mundo, e alguns dos países que entendem que novas matrizes energéticas, em breve, irão substituir seu valioso petróleo. Arábia Saudita e os países do Golfo, em vez de esperarem isso acontecer, se lançaram à ponta do desenvolvimento tecnológico.
E, finalmente, em terceiro lugar, estão os EUA, a mais poderosa superpotência econômica e militar da Terra, e alvo de todos os outros.
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