O Reino Unido barrou efetivamente a venda do jato sul-coreano KAI FA-50 Fighting Eagle, para a Argentina, sob a alegação que não poderia fornecer as peças de fabricação britânica, que são usadas na fabricação do avião.
Em uma carta datada de 28 de outubro, um alto funcionário da Korea Aerospace Industries (KAI) explicou ao embaixador argentino na Coréia Do Sul, que o FA-50 não pode ser exportado devido ao embargo de armas do Reino Unido para com a Argentina. Martin Chun, Gerente Sênior e Chefe do Departamento de Estratégia de Negócios Internacionais da KAI, observou em sua carta ao Embaixador Alfredo Carlos Bascou, que o FA-50 é equipado com seis componentes principais, produzidos no Reino Unido.
Este embargo é consequência do conflito de 1982, a Guerra da Falklands/Mavilnas. Desde então o UK não só criou um embargo de armas ou peças que tenham a chancela “made in UK” como tem exercido sua influência a aliados e a países com o qual tem relações comerciais para vetar ou limitar vendas de armas e em espacial aviões de combate.
“Lamentamos informar que o problema da licença de exportação do Reino Unido não foi resolvido até o momento. Embora a KAI ainda não tenha encontrado uma solução, está se esforçando para resolver este problema”, disse a carta da KAI.
Por sua vez, o Ministro da Defesa Argentino, Agustín Rossi, mostrou-se descontente com o embargo do Reino Unido, impedindo a Argentina de adquirir os aviões sul- coreanos. Por meio da sua rede social, Rossi compartilhou a carta que a KAI enviou ao Embaixador da Argentina na Coréia do Sul, Alfredo Bascou, e escreveu:
“Estivemos em diálogo com a empresa coreana KAI para a compra do caça FA-50 para a FAA (Força Aérea Argentina). Hoje nos dizem que a Grã-Bretanha, que produz 5 componentes do FA-50, proíbe a venda ao nosso país. Novo exemplo da soberba imperial”.
Desde 2019 a Argentina negocia a aquisição de 10 caças de ataque leve KAI FA-50 Fighting Eagle, em um acordo avaliado em US$ 200 milhões. Segundo as notícias da época, as primeiras aeronaves deveriam ser entregues ainda no ano passado, mas a troca do governo e, mais recentemente a crise da pandemia COVID-19, travaram completamente o avanço das negociações.
@FFO