A Royal Navy (RN) declarou formalmente no dia de hoje – 4/01 a capacidade operacional inicial (IOC – Initial Operating Capability) para o UK Carrier Strike Group (UK CSG), que está agora em ‘alta prontidão’ e disponível para implantação em qualquer lugar do mundo, apenas cinco dias após seu acionamento. O UK CSG é capitaneado pelo porta-aviões HMS Queen Elizabeth (R08).
O HMS Queen Elizabeth está atualmente em Portsmouth, passando por seu período de inserção de capacidade final. Isso inclui trabalho adicional no convés de voo e na cabine de comando e a instalação de quatro canhões de 30 mm, que irá completar seu armamento de autodefesa.
Embora oficialmente com 5 dias de prontidão para navegar em caso de crise, isso exigiria um esforço hercúleo para preparar o navio, aeronaves e navios de guerra em tão pouco tempo. O RN conseguiu esse tipo de milagre no passado, mas a intenção de contar com navios de guerra aliados para fazer parte do grupo de porta-aviões levanta questões interessantes sobre sua prontidão.
Em 2020, durante testes, o UK CSG demonstrou que pode reunir vários elementos navais e aéreos com sucesso. O UK CSG consiste em muitas partes interdependentes, incluindo a aeronave de asa fixa (Lockheed F-35B) e de asas rotativas (NH90 Melin Mk2/Mk4 e AW159 Wildcat), junto com uma mistura de fragatas ASW e destroieres e pelo menos um submarino. O suporte logístico é feito por pelo menos um petroleiro da Royal Fleet Auxiliary (RFA) e o único navio de apoio, o RFA Fort Victoria.
A capacidade operacional completa (FOC- Full Operating Capability) do UK CSG deve ser alcançada em dezembro de 2023. Já o segundo porta-aviões da classe Queen Elizabeth, o HMS Prince of Wales (R09) deverá concluir suas provas de mar este ano para ter declarado seu IOC.
Recentemente, o HMS Prince of Wales sofreu um incidente em Portsmouth em outubro de 2020, que gerou uma inundação interna causando danos ao sistema elétrico de alta tensão que impulsiona o navio. Serão seis meses no estaleiro, onde está desde 25 de março de 2020, após regressar de provas de mar. O navio deveria partir para o desdobramento Westlant 2021, na costa dos EUA, onde estava programado para realizar seu primeiro pouso de F-35. Só que agora, tudo está indefinido.
No caso do HMS Prince of Wales, parece que a inundação foi muito mais grave porque afetou a casa de máquinas. Não está claro se a RN será a responsável total pelos custos do reparo de £ 3,3 milhões, ou se a BAE Systems arcará com os custos, se for confirmado que a causa foi uma tubulação defeituosa. Além disto, um trabalho corretivo adicional para os sistemas de água salgada de alta pressão em ambos os porta-aviões também será necessário, para evitar novas inundações. Esta modificação custará £ 2,2 milhões.
@CAS