Recorde! A400M da RAF voa mais de 20 horas sem escalas. Um Airbus A400M Atlas da Royal Air Force (RAF) realizou o voo mais longo deste tipo de aeronave. O voo de aproximadamente 21 horas – sem escalas – fez parte da implantação do Exercício Mobility Guardian 23, que ocorre em Guam, no Oceano Pacífico.
A aeronave, matrícula ZM420, realizando o voo “ASCOT 4514” (RRR 4514), decolou da Base Aérea da RAF em Brize Norton (BZZ), no Reino Unido, na segunda-feira (03/07) às 07h18 (horário UTC) e pousou no dia seguinte (04/07) às 03h54 (UTC), na Base Aérea da USAF de Andersen, em Guam (UAM), no Pacífico, após 20 horas e 36 minutos em voo.
Durante a rota, o Atlas foi reabastecido em voo (REVO) três vezes, sendo uma sobre o Oceano Atlântico, a segunda sobre o Alasca e, finalmente, a terceira já sobre o Oceano Pacífico. O primeiro REVO foi realizado por um Airbus A330MRTT Voyager do 10/101 Esquadrão decolado do Reino Unido, e os demais foram realizados outro A330MRTT operando a partir da Base Aérea da USAF em Eilson, no Alasca.
Além do recorde de tempo em voo sem escalas, a rota realizada pelo RRR4514 sobre a calota de gelo do Ártico, também estabeleceu uma segunda marca histórica para o modelo, sendo o primeiro Atlas a voar mais próximo do Polo Norte.
O A400M Atlas e A330MRTT Voyager da RAF transportaram para Guam, membros da Ala Médica Tática além de pessoal de apoio da RAF para participar do Exercício Mobility Guardian 23.
O Comandante da Força de Mobilidade Aérea da RAF, Air Commodore Anthony Lyle disse: “Exercise Mobility Guardian é uma excelente oportunidade para testar a mobilidade, agilidade e alcance da RAF, sustentada pelos recursos da Força Aérea Mobility Force e reforça nossa capacidade de conduzir rapidamente operações aéreas globais”, disse o Oficial, salientando que “o voo sem escalas do A400M Atlas de Brize Norton para Guam é um grande exemplo da nossa capacidade de projetar poder aéreo, permitindo-nos levar aeronaves, militares e equipamentos vitais para o outro lado do mundo em tempo hábil e para que possam operar imediatamente”.
Por sua vez, o Tenente de Voo Andy York, do Voyager Force Training Flight disse: “Do ponto de vista da tripulação, esta foi uma surtida desafiadora e recompensadora para todos, para permitir a projeção de longo alcance da Frota de Mobilidade Aérea da RAF. O planejamento tem sido significativo, assim como os benefícios do exercício de reabastecimento aéreo com outro tipo de aeronave de grande porte, realizado a partir de aeroportos operacionais avançados”.
No mês passado a RAF aposentou seus últimos C-130J Hércules, cabendo aos A400M Atlas assumir a espinha dorsal do transporte aéreo tático de tropas e equipamentos do Reino Unido.
Além das aeronaves da RAF e da USAF, o Mobility Guardian terá a participação de aeronaves e pessoal da Austrália, Canadá, França, Japão e Nova Zelândia. “O objetivo do exercício é que os países envolvidos desenvolvam interoperabilidade para fornecer poder aéreo conjunto, em caso de necessidade de superar o conceito de “tirania da distância””, disse a RAF em comunicado.
Durante o Mobility Guardian, estão previstas surtidas da RAF entre Guam e o Japão, para demonstrar o compromisso do Reino Unido com o recém assinado “Acordo de Hiroshima” com o governo do Japão, cujo objetivo é fortalecer a segurança e a prosperidade das regiões euro-atlântica e indo-pacífica.
Fonte: RAF
@FFO