Realizados testes datalink entre U-2 e caças de 5ª geração. A Lockheed Martin informou que realizou com sucesso, testes de links de dados interligando em voo cinco caças F-35 Lightning II, um F-22 Raptor e uma aeronave espiã U-2. Além da fabricante das aeronaves, os testes envolveram a USAF e a Agência de Mísseis de Defesa dos EUA, e conectaram as aeronaves em tempo real com os operadores em terra.
Batizado de Projeto Hydra, o teste aproveitou uma carga Open Systems Gateway (OSG) no U-2 para conectar os seus caças de 5ª geração via Intra-Flight Data Link (IFDL) e Multifunction Advanced Data Link (MADL), compartilhando dados entre todas as aeronaves e os site de comunicação em solo. Os alvos foram transmitidos em tempo real pelo U-2 para os sistemas à bordo dos caças.
“O Projeto Hydra marca a primeira vez que comunicações bidirecionais foram estabelecidas entre aeronaves de 5ª geração em voo, ao mesmo tempo em que compartilha dados operacionais e de sensores com operadores em solo on-line. Esse nível de conectividade reduz o tempo de tomadas de decisão de minutos para segundos, o que é crítico no combate contra as atuais ameaças”, disse Jeff Babione, VP e Gerente Geral da Lockheed Martin Skunk Works.
Esse teste realizado pelo Projeto Hydra, também marcou a primeira vez que os dados dos sensores do F-35 foram transmitidos para um sistema em terra por meio de um link do Terminal de Rede Tático de Alvos (TTNT), usando um gateway à bordo. Esses dados foram enviados para o Kit de Adaptação de Sensores Aerotransportados (A-Kit) do Sistema de
Comando de Combate Integrado do Exército dos EUA (IBCS), também desenvolvido pela Lockheed Martin.
Os dados coletados pelo F-35A foram transmitidos pelo A-Kit para o Laboratório de Integração de Sistemas Táticos IBCS (TSIL), em Fort Bliss, no Texas, que alimentaram um exercício simulado de combate do Exército.
O core do Hydra utilizou o Open Mission Systems (OMS), que é compatível com o Enterprise Mission Computer 2 (EMC2), facilitando as conexões entre o F-22, o F-35, o TTNT e o Link-16.
Aproveitando as características dos voos à grandes altitudes dos U-2, com linhas de visada direta (LOS), ou além dela (BLOS), agora os links de dados podem ser estabelecidos diretamente entre os usuários táticos, bem como os nós-de-comunicação de Comando e Controle (C2), como o Centro de Controle de Missão Comum (CMCC).
Durante esta demonstração, tanto o CMCC quanto o Shadow Operations Center, na Base Aérea de Nellis Air receberam os dados dos sensores e da plataforma, permitindo uma total consciência situacional para o comando operacional e controle de meios aéreos.
Levar a capacidade de transmissão de dados da 5ª geração de aeronaves, expondo-as a novas oportunidades de C2 em vários domínios, demonstra a contínua prontidão da Lockheed Martin para fornecer ferramentas avançadas para o cenário de combate moderno. Essa demonstração é mais um passo importante da empresa ao Sistema de Gerenciamento de Combate Avançado da USAF e ao Projeto de Convergência do Exército Americano, apoiando e fornecendo aos comandantes ferramentas essenciais para o ambiente de combate em todos os domínios combinados.
@FFO