As tensões constantes entre Atenas e Ancara, que só cresceram nos últimos meses, em especial desde o lançamento em agosto de 2020 de uma campanha turca de exploração de gás em uma área disputada pelo dois países do Mediterrâneo Oriental, acabaram favorecendo a indústria francesa. No dia 11 de setembro a Grécia anunciou oficialmente a aquisição de 18 caças Dassault Rafale, que já havíamos antecipado no último dia 1º de setembro.
O anúncio feito pelo primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis ressaltou mais uma vez a força da parceria entre a Polemikí Aeroporía (Força Aérea Helênica) e a Dassault Aviation, que já dura mais de 45 anos, e que demostra a importante, estratégica e duradoura relação entre a Grécia e França.
Neste quase meio século, os gregos empregaram 40 Mirage F1CG (a partir de 1974) que foram seguidos por 40 Mirage 2000BG/EG (a partir de 1985), e, finalmente, 15 Mirage 2000-5 (a partir de 2000). O último contrato assinado com a Dassault contemplou a modernização de 10 Mirage 2000BG/EG remanescentes para o padrão 2000-5, que contou com a contribuição da indústria grega.
As primeiras informações dão conta que o acordo segue moldes similares ao já foi divulgado, com o repasse de 12 Rafales do Armée de l’Air e a compra de outros 6 novos de fábrica, no padrão F3R. Originalmente seriam 10 usados e 8 novos.
Os 12 Rafale F3 standard ex-Armée de l’Air devem ser entregues até o ano que vem. Já os ovos F3R só vem chegar em 2024. Na Força Aérea Helênica, o Rafale vai realizar missões de superioridade aérea, interdição, reconhecimento aéreo, ataque, missões de ataque anti-navio e missões de dissuasão nuclear.
Além dos Rafales, o primeiro-ministro grego Mitsotakis disse no dia 11 que o país também vai reforçar sua defesa com a aquisição de helicópteros americanos Sikorsky MH-60R Seahawk e a modernização das fragatas da classe Hydra.
@CAS