RAAF: F/A-18F irão receber armas hipersônicas. O governo da Austrália irá fazer dois movimentos para melhorar a sua frota de aeronaves Boeing F/A-18F Super Hornet e EA-18G Growler. Estender a vida útil até 2040 e equipá-las com mísseis hipersônicos.
Canberra revelou o seu plano para os dois tipos de aeronave no documento do Programa de Investimento Integrado, que descreve os seus objetivos para uma ampla gama de capacidades defensivas do país. O documento observa o “grande valor grande e diversidade” de armas que o Super Hornet pode empregar e, isto, ajuda a apoiar o F-35A. “Juntas, essas duas aeronaves de combate fornecerão à força integrada e focada múltiplas opções de ataque e defesa antimísseis confiáveis e valiosas”, diz o documento.
Quanto à aeronave de guerra eletrônica EA-18G, observa-se a capacidade do tipo de apoiar um amplo espectro de atividades da Australian Defense Force (ADF), em especial, da Royal Australian Air Force (RAAF). “O F/A‑18F Super Hornet e o EA‑18G Growler receberão atualizações e novas capacidades de sobrevivência, mantendo sua interoperabilidade com os Estados Unidos e outros parceiros importantes”, diz o documento. “A defesa prolonga a vida operacional de ambas as capacidades até 2040”.
O documento não fornece números de investimento para o Super Hornet, mas indica que o investimento total planejado no F-35A durante a próxima década ficará entre A$ 4,3-5,3 bilhões (US$ 2,75-3,4 bilhões), com investimento no EA-18G entre A$ 3,8-4,3 bilhões.
As capacidades ofensivas de longo alcance são uma prioridade em todos os domínios. Isso verá o míssil antinavio de longo alcance Lockheed AGM-158C integrado às aeronaves de patrulha marítima P-8A e aos F/A-18F e F-35A da Austrália. O F-35A também receberá o míssil guiado anti-radiação avançado Northrop Grumman AGM-88E — alcance estendido, assim como o EA-18G. Finalmente, o F/A-18F receberá armas hipersônicas que permitirão atingir alvos em distâncias mais longas. Não foi especificada qual será. Mas é provável serem de origem americana, provável o Raytheon Hypersonic Air Launched Offensive Anti-Surface (HALO), que a US Navy integrará aos F/A-18 Super Hornet até 2029.
Olhando para o futuro, a Austrália continuará a desenvolver e avaliar a aeronave de combate não tripulada Boeing Australia MQ-28A Ghost Bat, bem como outros sistemas. Na próxima década, prevê um investimento de A$4,3 a 5,3 bilhões em capacidades não tripuladas.
O MQ-28 Ghost Bat é o primeiro avião de combate projetado e desenvolvido na Austrália desde a Segunda Guerra Mundial Inteligência, vigilância e reconhecimento também são uma alta prioridade, com Canberra investindo em duas novas capacidades: o veículo aéreo não tripulado Northrop MQ-4C Triton e o Gulfstream MC-55A Peregrine.
“A modernização das capacidades de poder aéreo em toda a região resultou na necessidade de capacidades de domínio aéreo mais resistentes e potentes que operem a distâncias mais longas”, afirma o documento.
“O Programa de Investimento Integrado inclui investimentos de A$28 a 33 bilhões em capacidades que permitirão à Força Aérea realizar operações aéreas expedicionárias para projetar força na nossa principal área de interesse militar. Estas capacidades proporcionarão vigilância aérea das nossas abordagens marítimas, manterão em risco, a distâncias alargadas, potenciais forças adversárias que atinjam os nossos interesses durante um conflito e dissuadir tentativas de projetar poder contra a Austrália.”
A divulgação do documento do Programa de Investimento Integrado coincidiu com o novo documento da Estratégia defensiva Nacional da Austrália. O documento estratégico afirma que o ambiente estratégico da Austrália está no seu ponto mais desafiador desde a Segunda Guerra Mundial. “A competição estratégica arraigada e crescente entre os Estados Unidos e a China é uma característica primordial do nosso ambiente de segurança”, afirma o documento.
@CAS