Putin visita a Coreia do Norte após mais de duas décadas e causa preocupação no ocidente. O presidente russo, Vladimir Putin, realizou uma visita oficial a Coreia do Norte após mais de duas décadas desde a sua última viagem ao país. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, recebeu Putin com honras de chefe de estado no Aeroporto Internacional de Pyongyang.
O Ilyushin IL-96-300PU, matrícula RA-96024, do Esquadrão de Voos Especiais do Governo Russo, pousou em Pyongyang (FNJ/ZKPY) na madrugada de 18/06, procedente de Yakutsk (YKS/UEEE), no leste da Rússia. A última visita de Putin a Coreia do Norte ocorreu em julho de 2000, quando o país ainda era comandado por Kim Jong Il, pai de o atual líder.
Através de comunicado publicado antes da sua chegada em Pyongyang, Putin agradeceu o apoio da Coreia do Norte no contexto da guerra da Ucrânia: “Apreciamos muito o firme apoio da Coreia do Norte à condução da ‘operação militar especial’ (nome usado pelo Kremlin para designar a guerra) na Ucrânia, a sua solidariedade conosco em importantes questões internacionais.”
No artigo, Putin também criticou os EUA e o Ocidente: “Washington busca impor ao mundo uma ditadura neocolonial global baseada em dois pesos e duas medidas… os nossos oponentes continuam fornecendo dinheiro, armas e informações ao regime neonazista de Kiev, permitindo e realmente encorajando o uso de armas e equipamentos ocidentais modernos para atacar o território russo. E na maioria das vezes contra alvos civis. Ameaçam enviar os seus contingentes militares para a Ucrânia. Ao mesmo tempo, tentam esgotar a nossa economia com novas sanções e provocar um aumento da tensão sociopolítica no país.”
O assessor de política externa do Kremlin, Yuri Ushakov, disse que Rússia e Coreia do Norte poderiam assinar um acordo de parceria durante a visita, que incluiria questões de segurança. Ushakov afirmou que o acordo não seria direcionado contra nenhum outro país, mas “delimitaria as perspectivas para uma cooperação futura, e será assinado levando em conta o que aconteceu entre nossos países nos últimos anos – no campo da política internacional, no campo da economia, levando em conta questões de segurança.”
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse na segunda-feira (17/06) que a Coreia do Norte teria fornecido para a Rússia dezenas de mísseis balísticos e milhares de contêineres com munições para uso na Ucrânia. “Putin está incrivelmente desesperado nos últimos meses em busca ajuda do Irã e da Coreia do Norte para compensar as perdas no campo de batalha. Estou bastante certo de que é isso que ele está fazendo agora”, disse Miller.
Falando durante uma coletiva de imprensa em Washington, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que a visita de Putin a Coreia do Norte é motivo de preocupação e um desafio à segurança global. “A visita de Putin à Coreia do Norte confirma os laços estreitos entre a Rússia e Estados autoritários como a Coreia do Norte, a China e o Irã. Isto mostra que a nossa segurança não é regional, mas global”, disse Stoltenberg durante uma entrevista coletiva em Washington.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, condenou as declarações do secretário da OTAN, afirmando que a aliança deveria repensar as suas ações no quadro do conflito na Ucrânia e não realizar “ataques caluniosos arbitrários” contra a China.
Putin deixou Pyongyang na noite de quarta-feira (19/06), cerca de 21 horas após chegar no país. O presidente russo seguiu para uma visita ao Vietnam, outro aliado de longa data do seu regime.
@FFO
O líder norte-coreano Kim Jong Un enfatizou que seu país nunca desistirá das armas nucleares, pois considera elas necessárias para combater os Estados Unidos, que ele acusou de estar constantemente pressionando para enfraquecer as suas defesas, visando derrubar seu governo.
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