Projeto Venom da Força Aérea Americana. O projeto Venom da USAF visa criar um sistema de Inteligênci Artificial (AI — Artificial Intelligence) que pode ser amplamente utilizado. O projeto quer refinar a IA para emprego não só de futuras aeronaves, mas também, para ser aproveitada em vetores atuais.
A USAF está equipando caças F-16 para voar de forma autônoma, com a intenção de testar recursos e aferir os sistemas — principalmente no tocante ao aprendizado de máquina. O Venom é parte de um esforço de anos para desenvolver aeronaves autônomas que possam trabalhar ao lado de aeronaves tripuladas ou operar de forma independente, inclusive, tomando decisões próprias, com base em uma análise de sua situação de voo.
Não é a primeira vez que a Força Aérea constrói um drone F-16. O programa Have Raider II conseguiu isso há cinco anos. Ele foi seguido por outros esforços de voo autônomo, como o XQ-58 Valkyrie e o X-62 Vista, um F-16 modificado para testar e treinar softwares de IA.
O X-62A VISTA, uma avançada plataforma para testes de voos não tripulados da USAF baseada em um caça F-16D modificado, que recentemente bateu um recorde de tempo de voo. Comandando por Inteligência Artificial (IA), o caça voou por mais de 17 horas.
“A aeronave Vista é ótima para os testes. Nós meio que temos o invólucro de segurança para desenvolver a autonomia”, disse o Maj. Gen. Evan Dertian no dia 27/03 em um evento no Instituto Mitchell. “O que não temos naquela aeronave são muitos sensores. Então, ao entrar na aeronave Venom, você agora tem… radar; você tem aviso eletrônico; você tem todas essas coisas onde agora você pode expandir seu algoritmo de autonomia para reagir às entradas de informção e aprender. E assim, conseguir tomar decisões por si mesmo. É a próxima evolução para ampliar o que a autonomia pode fazer”.
O objetivo não é um F-16 sem piloto perfeito, mas sim refinar um software de autonomia que possa ser útil em aeronaves e desenvolver conceitos para operar aeronaves autônomas junto com outras aeronaves pilotadas. A USAF resolveu alguns aspectos da autonomia em voo. Eles agora estão focados em descobrir como sistemas autônomos se encaixam em futuros aviões de guerra, particularmente, para ambientes contestados.
“O que fizemos para o nosso conceito de operações e consequente emprego foi construir a capacidade de ter um humano dentro e fora do circuito e também — quando isso não acontece devido ao espectro eletromagnético contestado que prevemos — nós ainda construímos as capacidades do ponto de vista do planejamento da missão, das regras de engajamento e da perspectiva da autonomia para que essas aeronaves ainda possam ser eficazes no combate”, disse o Major-General R. Scott Jobe, diretor do Comando de Combate Aéreo de planos, programas e requisitos.
Parte do Venom está aprendendo a coletar dados da aeronave. Esses dados ajudarão a acelerar o programa Collaborative Combat Aircraft da USAF, uma iniciativa abrangente para testar novos conceitos de interação aérea autônoma homem-máquina.
Este ano, a USAF está solicitando US$ 49,7 milhões para o projeto Venom. Muito disso será gasto na preparação dos Lockheed Martin F-16C/D que serão usados para os testes autônomos e na preparação de campos de teste da Edwards AFB.
@CAS