Projeto Cheetah: Índia terá UAVs Heron armados. Em maio de 2021, a imprensa da Índia informou que o país havia feito um acordo com Israel para receber quatro drones de vigilância IAI Heron, que seriam implantados ao longo da fronteira com a China. O contrato de arrendamento de três anos foi assinado sob “poderes de emergência” concedidos pelo governo indiano aos militares, devido ao impasse na fronteira com a China, que se agravou em 2020. Além disto, em julho, também teria sido fechado um acordo para modernizar e armar sua frota de 70 Heron Mk-I, com apoio da IAI no denominado Projeto Chertah.
Segundo os primeiros dados divulgados, os dois primeiros UAV IAI Heron Mark-II chegariam até setembro, com os demais entregues antes do final do ano. A informação foi publicada pelo jornal Times of India, relatando que a pandemia de COVID-19 atrasou a chegada dos drones, cujo contrato foi assinado em meados de janeiro de 2021. A capacidade de Heron de permanecer no ar por até 50 horas torna ele a plataforma ideal para vigiar a fronteira entre Índia e China, cuja a extensão é de 3.488 km.
Vale lembrar que cerca de 70 Heron Mk-I são empregados por unidades do Exército, da Marinha e da Força Aérea desde 2011 em missões ISR. Os novos Mk-II, mais capazes, foram arrendados porque tem mais recursos de prover vigilância emergencial na fronteira com a China, o que denota que os atuais Mk-I, não conseguem cumprir este papel ou não estão disponíveis.
A última atualização sobre os Heron indianos é que após várias rodadas de discussões, o chamado “Projeto Cheetah”, em pauta desde 2013 – época da compra do primeiro lote, deve decolar, segundo o jornal ThePrint. O Projeto Cheetah visa atualizar e armar os Heron indianos com a ajuda de Israel.
Segundo fontes do jornal, o Ministério da Defesa e Segurança vai investir quase Rs 5.000 crore (US$ 3,8 bilhões) no programa para que os Herons em serviço na Força Aérea Indiana (IAF), Exército e Marinha, passem a ser UCAVs (Unmanned Combat Aerial Vehicle ).
A Força Aérea Indiana, que gerencia o projeto, está olhando para um cronograma dentro deste fiscal para assinar o contrato. Esta atualização incluirá habilitar os Herons com a capacidade de navegação por satélite, sensores atualizados e armamentos de precisão, entre eles todas as armas leves israelenses e indianas. Isso incluirá as bombas a laser Spice 250 e Spice 2000.
“Os Herons vão operar em um espaço aéreo contestado. Como ele terá seus próprios censores e armamento, ele reduz o tempo entre detectar um alvo e lançar um ataque. A ideia de ter tais sistemas reduz o risco da perda de nossos pilotos caças”, informou um oficial sênior da IAF.
Se o contrato for confirmado, os Herons indianos serão os primeiros a operarem como UCAV fora de Israel. O desenvolvimento deste projeto ocorre em um momento em que as forças de defesa indianas também decidiram adquirir 30 UCAV General Atomics MQ-9B, dos Estados Unidos.
@CAS