Presidente do Irã morre em acidente de helicóptero no norte do país. O helicóptero que transportava o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, caiu na tarde de ontem (19/05) na região de Jolfa, próximo da fronteira com o Azerbaijão, cerca de 600 quilômetros a noroeste de Teerã. Equipes de resgate chegaram ao local onde constataram a morte de todos os ocupantes, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian.
Inicialmente a informação divulgada foi que a aeronave teria feito um pouso forçado em uma região montanhosa sob condições climáticas adversas, com forte nevoeiro e chuva. A agência de notícias estatal IRNA, disse que além do Presidente e do ministro das Relações Exteriores do Irã, estavam a bordo do helicóptero Bell 412 da Força Aérea Iraniana (Imperial Iranian Air Force — IIAF) o governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental, um clérigo sênior de Tabriz, três tripulantes e um oficial da Guarda Revolucionária Iraniana.
Uma grande operação de resgate foi ativada pelas forças armadas iranianas para chegar ao local do acidente, uma área montanhosa de difícil acesso e com meteorologia desfavorável, com chuva e nevoeiro. Teerã solicitou ajuda da Turquia para apoiar as buscas, que enviou um drone Akinci o qual foi responsável por localizar os destroços do helicóptero presidencial.
Na manhã de domingo, Raisi se encontrou com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, para juntos inaugurarem a terceira barragem construída em conjunto pelos dois países no rio Aras. O encontro ocorreu apesar das relações frias entre as duas nações, especialmente devido a um ataque armado à Embaixada do Azerbaijão em Teerã no ano passado, e às relações diplomáticas do Azerbaijão com Israel, que a teocracia xiita do Irã tem como o seu principal inimigo na região.
Com 63 anos, Raisi é linha-dura e protegido pelo líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, o qual analistas sugerem que poderia ser o sucessor. Raisi venceu as eleições presidenciais em 2021, a qual teve a menor participação na história do país. Raisi é sancionado pelos EUA em parte devido ao seu envolvimento na execução em massa de milhares de prisioneiros políticos em 1988, no final da sangrenta guerra Irã-Iraque.
Fonte: AP
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