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Portugal desiste dos planos de adquirir o F-35, face as incertezas da política externa dos EUA

14 de março de 2025
Portugal desiste dos planos de adquirir o F-35, face as incertezas da política externa dos EUA. Foto: USAF.
Portugal desiste dos planos de adquirir o F-35, face as incertezas da política externa dos EUA. Foto: USAF.

Portugal desiste dos planos de adquirir o F-35, face as incertezas da política externa dos EUA. Portugal está desistindo dos planos de adquirir um lote de F-35A, face a recente mudança na política dos EUA em relação à OTAN. A declaração é do Ministro da Defesa português, que considerou improvável uma possível aquisição do F-35.

Em entrevista ao meio de comunicação português Público, vinculada em 13 de março de 2025, o ministro da Defesa português, Nuno Melo, descartou a possibilidade de encomendar o caça de 5ª geração, alinhando-se com outras nações europeias que estão reconsiderando suas estratégias de aquisição de defesa, como a Alemanha. A recente mudança na política dos EUA em relação à OTAN levou o Ministro da Defesa português a considerar improvável uma possível aquisição do F-35 por “limitações de uso”. O Ministro apontou diretamente a incerteza em torno do governo Trump como um fator-chave na decisão.

Os comentários controversos de Trump sobre a OTAN, questionando as contribuições dos membros e até mesmo sugerindo que os EUA podem não cumprir seus compromissos de defesa, bem como a decisão de interromper as entregas de armas e o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia após a reunião com Zelensky na Casa Branca, levantaram alarmes em toda a Europa.

Abaixo estão os trechos mais importantes da entrevista feita no diário Público:

P. A Europa está preparando um pacote financeiro significativo para defesa. Se o governo AD for reeleito, ele aprovará a compra de aeronaves F-35?

“Os F-16 estão no fim do seu ciclo e teremos de pensar na sua substituição. No entanto, não podemos ignorar o ambiente geopolítico nas nossas escolhas. A posição recente dos Estados Unidos, no contexto da NATO e no plano geoestratégico internacional, deve fazer-nos pensar nas melhores opções, porque a previsibilidade dos nossos aliados é um trunfo maior a ter em conta. Temos de acreditar que, em todas as circunstâncias, esses aliados estarão do nosso lado. Há várias opções que devem ser consideradas, nomeadamente no contexto da produção europeia e tendo também em conta o retorno que essas opções podem ter na economia portuguesa.”

P. A Força Aérea quer que essa substituição seja feita com F-35s, que são aeronaves de fabricação americana. O que você está dizendo é que, devido à mudança na política externa americana, é menos provável que Portugal substitua os F-16 por uma aeronave americana?

“O mundo já mudou. Houve eleições nos EUA, houve uma posição em relação à NATO e ao mundo, dita pelo Secretário de Defesa e pelo próprio Presidente dos EUA, que também deve ser tida em conta na Europa e no que diz respeito a Portugal. E este nosso aliado, que sempre foi previsível ao longo das décadas, pode trazer limitações de utilização, de manutenção, de componentes e de tudo o que tem a ver com garantir que as aeronaves estarão operacionais e serão utilizadas em todo o tipo de cenários.”

“Limitações de uso” Portugal também está reconsiderando a aquisição devido às potenciais limitações dos EUA em F-35 operados por estrangeiros, incluindo a retenção de atualizações de software — gerenciadas pelos EUA.

F-16 do Esquadrão 301 da Força Aérea Portuguesa. Foto: FAP.
F-16 do Esquadrão 301 da Força Aérea Portuguesa. Foto: FAP.

Conforme foi explicado em um artigo do site The Aviationist sobre o mito do “ kill switch ”, é mito que o governo dos EUA teria a capacidade de desabilitar ou limitar remotamente as capacidades operacionais dos F-35 estrangeiros, operadores internacionais de F-35. Porém é fato que os operadores estrangeiros, exceto Israel, “não têm permissão para conduzir operações de teste independentes fora dos Estados Unidos Continentais (CONUS) com base na política dos EUA.

O plano original de Portugal detalhado em 2024 pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa, General João Cartaxo Alves, confirmava que o plano era substituir o F-16AM/BM pelo F-35A, afirmando que a transição já tinha começado. O Gen. Cartaxo Alves afirmou que a decisão visa manter o alinhamento com a maioria dos aliados europeus que já haviam confirmado o F-35, como parte de seus esforços estratégicos.

Vale ressaltar que a aquisição do F-35 por Portugal sempre foi um tanto controversa. A transição para uma nova aeronave de caça duraria aproximadamente duas décadas, e custaria 5,5 bilhões de euros. Com a atual polêmica, o Ministério da Defesa Português não perdeu tempo em esclarecer que nenhum processo formal de aquisição estava em vigor. “Esta é uma visão para o futuro, então atualmente, não há processo para compra de aeronaves para substituir o F-16”. O fato é que nõa há recursos disponíveis para a compra imediada em 2025. Portugal é um dos únicos países europeus com Forças Aéreas atuantes a nõa definir um novo caça.

Se de fato o F-35 estiver fora como sucessor do F-16AM/BM, o questionado sobre quem seria o próximo da fila persistes. A possibilidade passaria a ser um caça europeu como o Dassault Rafale, Saab Gripen e o Eurofighter Typhoon. Mas tudo passa antes não só por política, mas se o país tem os recusos necesários para desativar o F-16 e susbtituir el epor um novo vetor, lembrando que Portugal já se defez de parte de sua frota (12 vendidos à Romênia) para racionalizar recurosos. Hoje cerca de 25 F-16 estão em serviço.

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