Porta-voz turco falou sobre a aquisição de F-16 Block 70 Viper. O porta-voz da Presidência da Turquia, İbrahim Kalın, falou sobre o pedido de Ancara para a aquisição de novos F-16 Block 70 Viper, e a modernização da frota atual. Recentemente o político concedeu uma entrevista à jornalizsta Aslıhan Altay Karataş, do jornal Milliyet Gazetesi.
“Expandir a nossa frota de F-16 e modernizar nossos aviões atuais pode ser considerada uma alternativa para o valor que investimos [no programa F-35]. A questão está apenas tomando forma, e tomaremos a decisão final depois de ver as condições, de acordo com as nossas necessidades”, disse Kalin.
İbrahim Kalın lembrou ao Milliyet que a Turquia investiu US$ 1,4 bilhão no programa F-35 Joint Strike Fighter.´O país foi retirado do acordo, depois que comprou os sistemas de mísseis de defesa russos S-400.
“A nossa primeira escolha é comprar os F-35, o que é nosso direito. Se essa crise com os EUA for superada, a Turquia entrará no programa novamente, e levaremos os nossos F-35. Se não for resolvido, continuaremos em busca de alternativas”, falou Kalin.
Temos amplas relações políticas e econômicas bilaterais com os Estados Unidos, desde o setor de energia, segurança, contraterrorismo, comércio, indústria de defesa, até questões como o Afeganistão, Síria, Iraque, Mediterrâneo Oriental entre muitas outras questões.
Na próxima Cúpula do G-20, que acontecerá neste mês, em Roma, na Itália, um encontro entre os presidentes turco e norte-americano deverá abordar essas questões. O que queremos é que os dois parceiros estratégicos e aliados lidem com as questões com uma perspectiva que se enquadre em uma agenda positiva. Somente isso poderá fazer avançar as questões em que concordamos e resolvam as questões com as quais discordamos por meio de negociação e diálogo.
Conforme Kalin, a retirada da Turquia do programa F-35 foi completamente ilegal e injusta. “Foi uma decisão errada e custosa, não apenas para a Turquia, mas também para o programa. Espero que eles corrijam esse erro o mais rápido possível, mas se não o fizerem, temos um orçamento de US$ 1,4 bilhão desse projeto”, relatou o porta-voz turco.
Se o problema do F-35 não for resolvido no curto prazo, o governo turco naturalmente irá procurar alternativas, na indústria de defesa nacional ou de outros países aliados. “O mais importante é que desenvolvemos nossas oportunidades e capacidades nacionais e nesse processo, graças à postura determinada de nosso Presidente, fizemos um enorme progresso neste campo nos últimos dez anos.”
Os embargos contra a Turquia não têm mais o efeito anterior, salientou o porta-voz turco. “Se alguém está pensando em punir a Turquia dessa forma, deve ser lembrado de que essa é uma ideia fútil e infrutífera.”
O processo que levou a Turquia a comprar o S-400 é de conhecimento público, e conforme Kalin, “esse é um problema que pode ser resolvido por meio de negociações”. No entanto, o porta-voz lamenta a existência no Congresso Americano de “certos círculos anti-Turquia que impuseram sanções, usando isso [os S-400] como desculpa. Isso não é algo que se encaixa na relação de aliança, e prejudica as relações turco-americanas. A Turquia determina suas próprias necessidades de defesa como país soberano e toma as medidas necessárias em conformidade“, salientou o político.
Atualmente os F-16 representam uma parte significativa do poder aéreo da Turquia e da OTAN, e continuarão em operação por um tempo. “Como um dos aliados mais fortes da OTAN, continuamos o nosso trabalho neste domínio em consonância com os interesses do nosso país“.
Fonte: Milliyet Gazetesi
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