Porta-helicóptero Izumo mais perto de empregar o F-35B
Porta-helicóptero Izumo mais perto de empregar o F-35B. O plano japonês de usar os atuais Porta-helicópteros multiuso da classe Izumo como base para aeronaves STOVL (Vertical/Short Take-Off and Landing) está progredindo rapidamente. A esperança da Japan Maritime Self-Defense Force – JMSDF (Marinha do Japão) é recuperar integralmente a capacidade de projetar força com porta-aviões, ausente desde o final da Segunda Guerra Mundial, já partir deste outubro desde ano, com os primeiros testes de mar DDH-183 Izumo.
O Comandante do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, General Berger, anunciou o início iminente dos testes de mar durante um seminário organizado pelo Instituto Naval dos Estados Unidos e pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, sob o patrocínio das Indústrias Huntington Ingalls.
Durante seu discurso, o General Berger destacou a importância da Marinha Japonesa operar o F-35B a partir de suas unidades navais, colocando-se no mesmo nível das navais britânicas que passaram a ter esta capacidade este ano com os porta-aviões da Classe Queen Elizabeth. Os F-35B serão operados pela Japan Air Self-Defense Force (Força Aérea Japonesa), num modelos similar ao que ocorre no Reino Unido, onde a RAF opera embarcada.
Os F-35B da JASDF serão implantados a bordo dos dois Porta-helicóptero multiuso da classe Izumo — o DDH- 183 Izumo e o DDH-184 Kaga. A classe Izumo é, na verdade, um porta-helicópteros capaz de operar aeronave VSTOL, que se tornou o elemento-chave da defesa do Japão de suas ilhas remotas contra agressores estrangeiros. Ao todo o Japão planeja adquirir 42 F-35B e 63 F-35A todos para a JASDF. A primeira unidade de F-35B da JASDF será sediada em Nyutabaru. O plano é implantar a unidade em 2024 e, por isto, os primeiros testes de mar devem ser feitos com apoio dos F-35B do VFMA-121 sediados Marine Corps Air Station (MCAS) Iwakuni – Japão do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.
A decisão de usar os dois destróieres da classe Izumo no papel de porta-aviões remonta a 2018, quando com apoio de Washington e diante uma perspectiva anti-chinesa, o primeiro-ministro Shinzo Abe aprovou o projeto de conversão e atualização das duas belonaves para acomodar os F-35B.
Vale ressaltar que, além da Itália (Leonardo), o Japão é o único país autorizado pelo governo americano a montar sua própria aeronave – que no caso é feito pela Mitsubishi. Todos os demais clientes do F-35 são made in USA, isto é feitos pela Lockheed Martin. Além disto, o Japão é assim como Itália e Reino Unido, os únicos países fora dos EUA a operar o F-35 embarcado.
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