Pilotos de caça israelenses realizam treinamento de combate baseado na Guerra dos Seis Dias. No início desse mês, pilotos do 102º Esquadrão “Flying Tiger”, da Força Aérea de Israel (IAF), recém formados no Curso de Treinamento Operacional (OTC), participaram de um exercício simulando cenários de combate da Guerra dos Seis Dias. Para os jovens pilotos de caça, não era apenas mais um voo de treinamento, mas uma operação que reproduzia uma das guerras mais bem-sucedidas e significativas da história de Israel.
Operando com os Leonardo M-346 “Lavi”, o 102º Sq é responsável pelo treinamento avançado dos pilotos de caça da IAF. Antes de se tornarem operacionais, os graduados do Curso de Voo passam passam por diversos treinamentos que simulam batalhas e missões que Israel participou. Na semana passada, o foco era o anos de 1967.
“Como membro da tripulação, é importante conhecer nossa história. É uma forma de nos conectarmos com nosso patrimônio de forma prática. Nos ensina a lidar com situações estressantes e desafiadoras, que é algo em que nos concentramos muito”, disse o Comandante da OTC, cujo nome não é divulgado devido ao protocolo de segurança da IAF.
No primeiro dia do exercício os tripulantes tem uma aula teórica sobre a história do combate e as missões da IAF, conectando aos voos que posteriormente estariam simulando. Durante esse dia, eles visitaram Jerusalém, a Colina das Munições, e se encontraram com o Brig. Gen. (Res.) Shlomo Egozi, que participou de compates aéreos.
“O primeiro dia nos dá um pano de fundo sobre as guerras de Israel, especificamente a Guerra dos Seis Dias. Tocamos na história geral, suas causas e a influência que teve na história. Nós nos concentramos na ‘Operação Foco’ e a história da batalha que ouvimos foi especialmente interessante. Nos próximos anos, estaremos operacionais nos vários esquadrões da IAF, e ele compartilhou com como se sente durante uma guerra, tornou a história mais pessoal”, explicou o um Tenente da OTC.
Na noite seguinte, os tripulantes receberam a ordem de planejamento da operação. Foram realizados briefings de missão, mapeamento dos cenários de combate, cálculos de combustível, adequação da doutrina para uma missão de ataque e destruição de uma base inimiga. A preparação é abrangente e significativa, pois é a primeira operação completa dos pilotos na OTC, que até então realizaram apenas manobras específicas.
Ao longo de um dia inteiro, os pilotos-alunos voaram no simulador, enquanto os instrutores adicionaram novos obstáculos e desafios, similares aos usados por mais de cinco décadas.
“Atualmente, os controladores de voo fornecem uma ampla visão do cenário de atuação, mas em sempre foi assim. No passado, os pilotos frequentemente precisavam identificar os alvos sozinhos, e tomar decisões em silêncio de rádio para evitar o vazamento de informações”, disse um Major da OTC.
“Um elemento decola para a missão, e após cruzar a fronteira, o líder da formação é abatido, deixando o número dois para continuar na missão de atingir um campo de aviação no centro do território inimigo. Enquanto tudo isso está acontecendo, eles devem lidar com os combates aéreos e mísseis superfície-ar e antes de retornar para Israel, são atingidos. Não importa o quão bons eles eram, eles foram atingidos. Eles tinham que continuar apesar do impacto e proteger os alvos no espaço aéreo israelense de outras aeronaves inimigas. Esse é o equilíbrio entre realizar a missão e sobreviver”, descreveu o Major.
Após cada surtida, as tripulações fazem o debriefing e discutem o desempenho, e ao final de cada dia, todos os cadetes compartilham as experiências individuais das missões.
“Estudamos as ordens operacionais por muitas horas antes do voo, no entanto, me deparei com novos desafios durante as surtidas. Este exercício é essencial, pois fortalece nossa preparação mental e nos conecta ao cenário operacional real”, disse um Tenente da OTC.
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