The X-51A Waverider is set to demonstrate hypersonic flight. Powered by a Pratt Whitney Rocketdyne SJY61 scramjet engine, it is designed to ride on its own shockwavem and accelerate to about Mach 6. (U.S. Air Force graphic)
Pentágono quer propulsão hipersônica assistida por plasma. Especialistas em propulsão aeroespacial do Spectre Aerospace receberam US$ 9,5 milhões em investimentos do Departamento de Defesa dos EUA (DoD), para o desenvolvimento de propulsão de plasma para de sistemas de armas hipersônicas.
A Spectre Aerospace, sediada em Boston, Massachusetts, é especializada no campo da combustão assistida por plasma e propulsão hipersônica. De acordo com um comunicado de 13 de junho da Specter Aerospace, o financiamento do DoD veio de vários contratos de defesa e investimentos de capital da CS Ventures e da Mandala Ventures.
Os investimentos americanos neste setor ficaram para trás, se comparado aos principais rivais China e Rússia, particularmente no campo de propulsão hipersônica voltada para mísseis. Para esse fim, a Specter Aerospace e outras empresas estão tentando introduzir o conceito de relevância em termos de velocidade — o plasma, permitindo o desenvolvimento e a atualizações mais rápidas de tecnologias emergentes nos sistemas de defesa.
O financiamento auxiliaria no desenvolvimento contínuo da propulsão de combustão assistida por plasma, permitindo que os clientes de defesa “possam ir mais longe e mais rápido” com menos combustível, afirmou Felipe Gomez del Campo, CEO da Specter Aerospace.
Além disso, devido ao mais recente investimento e contratos existentes com o DoD, a Specter Aerospace espera voar seu primeiro demonstrador hipersônico “dentro de dois anos”, acrescentou del Campo.
Mas o que é propulsão de plasma? Em vez de combustível, os motores a jato de plasma usam eletricidade para gerar campos eletromagnéticos. Esses campos comprimem e energizam um gás, como o ar atmosférico ou o argônio, criando um plasma, um estado ionizado, quente e denso, que opera similarmente a um motor a combustão.
O Pentágono tem plena consciência que os EUA etão ficando para trás no desenvolvimento de armas hipersônicas. Ciente disto, Washington está tentando recuperar o atraso enquanto tenta fornecer a estrutura e o financiamento necessários para o setor de defesa privado alavancar suas capacidades, e com isto, buscar nivelar as capacidades americanas com as russas e chinesas.
Tanto a China quanto a Rússia testaram com sucesso armas hipersônicas, com a Rússia empregando o míssil Kh-47M2 Kinzhal contra alvos na Ucrânia. Os testes do Kinzhal já tem vários anos e completaram mais de 250 voos até 2018, o que permitiu a ele ser anexado ao arsenal operacional russo, mesmo que existam questionamentos sobre sua efetividade.
O desenvolvimento de hipersônicos na China é igualmente avançado, se não mais, com o mais recente sistema, o míssil DF-27 considerado capaz de penetrar nas redes de defesa aérea dos EUA. Em 2021, de acordo com relatórios dos EUA, um teste hipersônico conduzido por Pequim viu um DF-27 viajar “ao redor do mundo”, demonstrando uma capacidade de alcance até então desconhecida.
Os mísseis hipersônicos conseguem viajar mais rápido do que os mísseis balísticos convencionais e geralmente atingem um mínimo de Mach 5 (aproximadamente 3.400 mp/h). No ápice de sua trajetória, esses sistemas são projetados para atingir velocidades de Mach 25 — aproximadamente 17.500 mp/h, de acordo com um documento do Atlantic Council.
Se na China e Rússia eles estão em franco desenvolvimento, os programas hipersônicos dos EUA estavam “aparentemente enfrentando alguns problemas” de desenvolvimento e para muitos, até de foco, isto é, uma falta de definição do Pentágono de como seria a guerra moderna de fato.
Os esforços dos EUA para desenvolver capacidades de armas hipersônicas tiveram um investimento considerável feitos com a arma de resposta rápida Lockheed Martin AGM-183 (ARRW). Apesar dos investimentos feito entre 2018 e 2022, que mais de US$ 2,5 bilhões, neste ano de 2023, relatórios sugeriram que a USAF não compraria a plataforma após a conclusão de todos os testes de voo, que indicaram que o AGM-183 não seria eficaz. A nova aposta é que um novo sistema de propulsão coloque os EUA em uma rota mais segura e eficaz quando o assunto for mísseis hipersônicos.
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