Parlamento suíço examinará a compra dos 36 F-35A. Uma comissão do Swiss Parliament declarou que investigará a decisão do governo de junho deste ano, de comprar 36 caças Lockheed Martin F-35A para substituir sua frota de F-5E/F e F/A18C/D, como resultado da concorrência Air 2030. A situação é similar a de 2013 quando o parlamento investigou a decisão do governo de comprar 22 Saab Gripen E. Mesmo aprovando, a oposição conseguiu fomentar um plebiscito em 2014, onde 54,4% rejeitaram a compra.
A comissão de controle de gestão da Câmara Baixa do Conselho Nacional decidiu investigar “a legalidade e adequação de certos aspectos do procedimento de avaliação adotado para a escolha de novas aeronaves de combate para a Força Aérea Suíça”, segundo um comunicado divulgado este mês. Um subcomitê começará a trabalhar em fevereiro e publicará suas conclusões “no devido tempo”, fecha a nota.
“Saudamos esta revisão do Parlamento e faremos tudo o que pudermos para apoiá-la”, disse o Departamento Federal de Defesa em um tweet.
A vida útil das atuais aeronaves de combate da Shweizer Luftwaffe/Forces Aériennes Suisses (Força Aérea Suíça) chegará ao fim de sua vida útil em 2030. Porém, a busca por uma frota tem sido um árduo e longo cominho, altamente contestado, onde o F-35 é o segundo caça escolhido a ser questionado. O primeiro foi o Gripen E em 2013, que em 2014, teve su compra cancelada por veto popular através de m plebiscito.
O Lockheed Martin F-35A foi escolhido em junho deste ano, vencendo o Eurofighter Typhoon, o Boeing F/A-18E/F Super Hornet e o Dassault Rafale. O F-35A também tem os custos operacionais mais baixos de todos os candidatos avaliados. Os custos totais do F-35A (ou seja, aquisição mais custos operacionais) chegam a aproximadamente CHF 15,5 bilhões (US$ 16.74 bilhões) em 30 anos. Isso é cerca de CHF 2 bilhões (US$ 2,16 bilhões) a menos do que o segundo lance mais baixo.
A decisão de comprar o F-35A pode ser questionada nas urnas como foi a do Gripen E, já que, segundo a mídia suíça, movimentos de esquerda e antimilitaristas estão ansiosos para provocar no parlamento uma votação pública, na forma de um plebiscito. A comissão parlamentar de controle “deseja estabelecer transparência em certos pontos que têm suscitado críticas da opinião pública”, disse ele.
Vale lembrar no entanto, que já houve um plebiscito em setembro de 2020, onde a população aprovou a compra de um novo caça pelo projeto Air 2030. É bem verdade, que a aprovação foi por margem mínima, o que “alimenta” a oposição a favor de uma nova consulta popular, onde exercerá forte pressão para um veto.
O subcomitê parlamentar se concentrará nos métodos usados para avaliar as aeronaves concorrentes, na margem de manobra política com os Estados Unidos e no respeito aos princípios dos direitos de compras públicas. A Suíça é famosa por sua neutralidade. No entanto, sua posição por anos é de neutralidade armada e o país europeu sem litoral tem serviço militar obrigatório para homens.
O que poderá acontecer é o F-35 ter o mesmo desfecho do Gripen, com tudo voltado a estaca zero.
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