Paquistão efetiva ataques aéreos ao Irã com caças J-10C e JF-17. Na manhã de 18/01, o Paquistão executou ataques aéreos contra o seu vizinho, o Irã, utilizando caças chineses JF-17 Thunder e o J-10C Vigorous Dragon. Além disso, o Paquistão empregou veículos aéreos não tripulados chineses Wing Loong II, como parte da operação denominada “Marg Bar Samachar” ou “Morte aos Guerrilheiros”.
Muitos relataram que a Pakistan Air Force (PAF) ou Força Aérea do Paquistão iniciou estes ataques aéreos como resposta às ações do Irã ao apoio a grupos insurgentes. Os ataques ocorreram no Sistão e no Baluchistão, após o ataque do Irã na terça-feira (16/01) com mísseis balísticos em solo paquistanês. Os países compartilham uma fronteira com cerca de 900 km.
Pouco antes do amanhecer, o Paquistão lançou a sua ofensiva aérea. Relatórios de inteligência sugerem que momentos antes das 06 horas de quinta-feira, caças JF-17 do No.2 Esquadrão Multifuncional — ‘Minhasians’ da base aérea de Masroor (OPMR) realizou missões ataques aéreos nas fronteiras iranianas. Operando nos limites aéreos paquistaneses, os caças da PAF fizeram ataques “preventivos” com mísseis de longo alcance GIDS B-REK [Boosted Range Extension Kit].
Semelhante ao JDAM-ER dos EUA, o REK converte as bombas de uso geral da série MK-80 em bombas guiadas por GPS/INS com um alcance de 50–60 km e uma precisão com um CEP de menos de 20 metros. Os jatos J-10C do 15 (MR) Sq forneceram cobertura e guerra eletrônica defensiva.
Sete pontos foram atingidos com sucesso depois que os UAVs Wing Loong verificaram a localização de “alvos terroristas de alto valor” durante a vigilância aérea. Os alvos no território do Irã, seriam ligados à organização terrorista baseada no Baluchistão, a BLF. As áreas visadas situavam-se a mais de 80 km dentro no território iraniano.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, num comunicado, confirmou: “Esta manhã, o Paquistão realizou uma série de ataques militares altamente coordenados e específicos contra esconderijos terroristas na província de Sistan-o-Baluchistan, no Irã. As operações apelidadas de ‘Marg Bar Sarmachar’ resultaram em múltiplas vítimas terroristas”.
O Paquistão enfatizou as suas preocupações constantes sobre os refúgios seguros que grupos terroristas de origem paquistanesa alegadamente desfrutavam em território iraniano. Eles também compartilharam vários documentos apresentando evidências da presença e atividade desses suspeitos.
Tanto o Irã, como o Paquistão, países armados com potências nucleares, apontam há muito o dedo reciprocamente devido a atividades militantes. Numerosos grupos militantes, incluindo o grupo separatista sunita Jaish al-Adl, alvo de Teerã, residem em ambos os países. Estes grupos têm a ambição comum de estabelecer um Baluchistão independente para as comunidades étnicas Baluch no Afeganistão, no Irã e no Paquistão.
Ao longo dos últimos 20 anos, os nacionalistas Baluch têm estado envolvidos em insurgências de baixo nível, tanto na região paquistanesa do Baluchistão como nas províncias iranianas vizinhas, Sistão e Baluchistão.
Conforme a Associated Press, Ali Reza Marhamati, vice-governador da província iraniana de Sistão e Baluchistão, confirmou o ataque de quinta-feira e observou que as vítimas incluíram três mulheres e quatro crianças, nenhuma das quais era cidadã iraniana.
@CAS