OTAN normatiza o padrão de detecção e prevenção para UAS. Conforme um recente comunicado da Royal Air Force (RAF), o recém-criado Joint Capability Group for Unmanned Aircraft Systems (JCGUAS) conduziu sua reunião de outono em Londres, na qual formalizou um novo padrão de detecção e prevenção para o voo de veículos aéreos pilotados remotamente (RPAS — Remotely Piloted Air Vehicles).
Participaram da conferência JCGUAS mais de 150 delegados representando especialistas aéreos, terrestres, marítimos, de compras, de tecnologia e operacionais da OTAN, bem como a presença de parceiros da indústria e, pela primeira vez, a República da Coreia.
O comunicado da RAF afirmava que o foco do JCGUAS estava na “padronização da operação de UAS na aliança, bem como na incorporação de tecnologias novas e emergentes, incluindo autonomia e inteligência artificial”.
A entrega de um padrão para toda a OTAN para capacidades de detectar e evitar foi descrita como “importante” por Ross McKenzie, Oficial do Estado-Maior Internacional da OTAN-UAS e parte da liderança do JCGUAS.
O JCGUAS é a fonte de informações técnicas e operacionais sobre UAS para a OTAN e aborda questões de operação de UAS, incluindo projeto de aquisição, emprego, demonstração de capacidade, identificação de uma abordagem comum para gerenciamento do espaço aéreo, treinamento e padrões de operadores, e doutrina, incluindo táticas/procedimentos operacionais, afirmou o RAF.
O MQ-9 já é o padrão da OTAN? O RPAS MQ-9B, desenvolvido pela General Atomics Aeronautical Systems (GA-ASI), é a mais recente iteração dos drones da série “MQ” e atrai forte influência de seu antecessor MQ-9A, que foi amplamente adotado pelos membros da OTAN nas últimas duas décadas.
Sem dúvida, o MQ-9B ele foi usado como base para criar o padrão para toda a OTAN. Entre os parâmetros, está a integração da capacidade de detectar e evitar tráfegos, que fornece à plataforma a capacidade de operar efetivamente em espaço aéreo não segregado, áreas pelas quais o tráfego civil e/ou comercial passará. Esse espaço aéreo é, por natureza, um ambiente muito mais complexo para navegar, sendo que para os sistemas autônomos, detectar e evitar tráfegos é uma necessidade primordial para poderem operar com segurança.
O MQ-9B consegue realizar todo o espectro de operações militares, incluindo inteligência, vigilância e reconhecimento, guerra eletrônica, ataque marítimo e subterrâneo, ataque ao solo, alerta aéreo antecipado, entre outros. O sistema foi projetado para atender ao padrão STANAG 4671 da OTAN, sendo este um requisito de aeronavegabilidade destinado a permitir que UAS militares operem no espaço aéreo civil da OTAN.
O Reino Unido foi uma das primeiras nações a se comprometer com a aquisição do Protetor MQ-9B, juntamente com os Estados Unidos e outros membros da aliança agora confirmados, em processo de confirmação, ou então de considerar a aquisição da plataforma.
Os operadores atuais ou futuros do MQ-9B SkyGuardian e/ou de seu antecessor MQ-9A incluem os EUA, Reino Unido, França, Bélgica, Grécia, Itália, Holanda, Polônia e Espanha, bem como países não pertencentes à OTAN, como Taiwan e os Emirados Árabes Unidos.
@CAS