NATO Secretary General Mark Rutte and NATO Heads of State and Government
OTAN deve aumentar gastos em defesa para 5%. O encontro de cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) realizado dia 25/06 em Haia — Holanda, ratificou o aumento dos gastos em defesa a Aliança, marcando uma vitória política do Presidente dos EUA Donald Trump.
Durante uma coletiva de imprensa no encerramento da cúpula em 25/06 em Haia, Holanda, o presidente Donald J. Trump enfatizou a necessidade de todos os estados-membros compartilharem o ônus financeiro dos gastos com a defesa dos europeus. Os membros da Aliança, disse ele, concordaram em aumentar seus gastos anuais com defesa, chegando a até 5% de seu produto interno bruto.
“É vital que esse dinheiro adicional seja gasto em equipamentos militares muito sérios, não em burocracia, e espero que esse equipamento seja fabricado na América porque temos o melhor equipamento do mundo”, disse Trump, destacando a defesa aérea bem-sucedida da Base Aérea de Al Udeid, no Catar, pelos Estados Unidos contra mísseis iranianos.
O presidente também mencionou a guerra na Ucrânia, que, segundo ele, destacou a urgência de reconstruir a base industrial de defesa, tanto nos Estados Unidos quanto entre as nações aliadas.
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, disse que a cúpula foi um sucesso e destacou o Plano de Investimento em Defesa de Haia, que, segundo ele, “irá impulsionar um salto quântico em nossa defesa coletiva. Juntos, os aliados lançaram as bases para uma OTAN mais forte, justa e letal”.
Os 32 líderes da OTAN apoiaram nesta quarta-feira (25) um grande aumento nos gastos com defesa e reafirmaram seu compromisso de se defenderem mutuamente de ataques, após uma breve cúpula feita sob medida para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em uma breve declaração, a OTAN endossou uma meta de gastos com defesa mais alta, de 5% do PIB, até 2035 de cada membro — uma resposta a uma exigência de Trump e aos temores dos europeus de que a Rússia represente uma ameaça crescente à sua segurança após a invasão da Ucrânia em 2022. O aumento já era algo solicitado por Trump desde seu primeiro mandato, sem sucesso, isto é, os membros da OTAN a época do primeiro mandado dele (2017–20) se recusaram a aumentar o percentual de gastos do PIB com defesa alegando questões econômicas. Alguns países da OTAN investiam menos de 2% do PIB em defesa.
A época Trump ameaçou retirar os EUA da OTAN e não mais financiar grande parte dos custos da OTAN. O que seria catastrófico para a Aliança. Trump não foi reeleito e na administração Joe Biden os EUA se mantiveram como antes. Precisou uma ameaça real — a invasão da Ucrânia pela Rússia; constatação de fragilidade da OTAN em mais de 2 anos de guerra e o retorno de Trump a residência para uma mudança ser realizada.
Aumento de centenas de bilhões!
A aliança de 32 nações, por sua vez, atendeu a um apelo de Trump para outros países aumentarem os gastos com defesa para reduzir a dependência da Otan em relação aos Estados Unidos. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, reconheceu não ser fácil para os países europeus e o Canadá encontrarem o dinheiro extra, mas disse ser vital fazer isso.
“Meus colegas na mesa de negociações estão absolutamente convencidos de que, dada a ameaça dos russos e a situação da segurança internacional, não há alternativa”, declarou o ex-primeiro-ministro holandês. A nova meta de gastos — a ser alcançada nos próximos 10 anos — representa um salto de centenas de bilhões de dólares anuais em relação à meta atual média de 2% do PIB.
Os países vão gastar 3,5% do PIB em defesa básica — como tropas e armas — e 1,5% em medidas mais amplas relacionadas à defesa, como segurança cibernética, proteção de gasodutos e adaptação de estradas e pontes para suportar veículos militares pesados.
Todos os membros da OTAN apoiaram uma declaração que consagra a meta, embora a Espanha tenha declarado que não precisa atingir a meta e que pode honrar seus compromissos gastando muito menos.
Declaração da Reunião de cúpula de Haia
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