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Os “misteriosos” C-32B do Comando de Operações Especiais da USAF

21 de agosto de 2025
Os "misteriosos" C-32B do Comando de Operações Especiais da USAF. O USAF 00-9001 do Comando de Operações Especiais da USAF (AFSOC) pousando em Porto Alegre. Foto: Leandro Casella.
Os “misteriosos” C-32B do Comando de Operações Especiais da USAF. O USAF 00-9001 do Comando de Operações Especiais da USAF (AFSOC) pousando em Porto Alegre. Foto: Leandro Casella.

Os “misteriosos” C-32B do Comando de Operações Especiais da USAF. Nesta semana a mídia tradicional foi tomada por notícias de um “misterioso” avião da USAF que teria operado “secretamente” no Brasil. Como noticiamos, tratou-se de um C-32B (Boeing 757 militar) do Comando de Operações Especiais da USAF (AFSOC), que teve todas as devidas autorizações prévias para sobrevoos do território nacional e pousos nos aeroportos de Porto alegre (RS) e São Paulo/Guarulhos (SP). Vamos conhecer um pouco mais dessas aeronaves especiais e suas operações.

Particularmente sobre o pouso do C-32B da USAF em Porto Alegre (RS), sua operação coincidiu com protestos feitos por populares em frente ao consulado dos Estados Unidos na capital gaúcha. A Polícia Federal, posteriormente, informou que a aeronave trouxe diplomatas para o Rio Grande do Sul.

O C-32B “Gatekeeper”

A USAF opera menos de meia dúzia de aeronaves Boeing C-32B, apelidadas de “Gatekeeper” e que de alguns anos para cá não ostentam nenhuma marcação externa, nem mesmo matrícula. Nem sempre seus voos, geralmente missões classificadas, podem ser monitorados através dos sites de rastreamento online, pois o sinal do transponder é frequentemente desligado.

O Comando de Operações Especiais da USAF (AFSOC) opera cinco aeronaves C-32B, os quais tem não tem uma função muito clara publicamente. O que se sabe é que eles voam para forças de comando rápido e equipes de suporte de emergências estrangeiras. Para isso, eles receberam sofisticados sistemas de comunicação segura via satélite.

Um C-32B sendo reabastecido em voo por um KC-135R (Fotos: @thenewarea51).

Eles possuem tanques de combustível extras instalados no porão de cargas, o que amplia seu raio de ação para até 6.000 milhas (aproximadamente 11.100 km) sem reabastecimento. Além disso, o C-32B é o único Boeing 757 no mundo que pode ser reabastecido em voo através de um receptáculo padrão localizado na parte superior da fuselagem, logo atrás da cabine de comando.

FEST – Foreign Emergency Support Team

Baseados em McGuire AFB e operados pela 227ª Esquadrilha de Operações Especiais em Nova Jersey, os aviões 00-9001 e 02-4452 tem configurações e capacidades semelhantes. Ambos cumprem funções de transporte das Equipes de Apoio a Emergências no Exterior (FEST – Foreign Emergency Support Team), um órgão que, sob a aprovação do Secretário de Defesa, atua em crises no exterior como única ponte de contato entre as Embaixadas dos EUA pelo mundo e o governo central.

O USAF 00-9001 é operado pelo 150º Esquadrão de Operações Especiais do AFSOC. Foto: Leandro Casella.
O USAF 00-9001 é operado pelo 150º Esquadrão de Operações Especiais do AFSOC. Foto: Leandro Casella.

Dependendo do tipo de incidente, o FEST pode ser adaptado para gerenciar a crise, onde na sua equipe poderá incluir especialistas em gerenciamento de crises com armas de destruição em massa, como ameaças nucleares, biológicas e químicas. Nestes casos, o FEST fornecerá à embaixada orientação sobre política terrorista; comunicações seguras; e equipamentos especiais não disponíveis de outra forma, incluindo um profissional em negociações de reféns.

O FEST não entrará no país anfitrião a menos que solicitado pelo embaixador, com a permissão do governo local.

Entre 2022 e 2023 o C-32B 00-9001 foi visto operando várias missões para o Centro de Atividades Especiais da CIA em Londres (Inglaterra), Shannon (Irlanda), Baku (Azerbaijão), Dushanbe (Tajiquistão), Tirana (Albânia), usando vários indicativos de chamada rádio, incluindo COORS76, JADE71, TERRA97, CHUB71, CUTIE39, entre outros.

Aviões com identidade dupla

Existem dois Boeing 757 que operam para a USAF que utilizam matrículas duplas (civil e militar), o que deixa suas operações nebulosas. Não se são sabe se elas são operadas pelos militares da USAF, por uma companhia civil ou ambas, mas o certo é que estão à serviço das agências norte americanas.

Boeing 757 com títulos e matrícula da USAF 99-6143. Este avião também utiliza a matrícula civil N226G (Foto: OneSpotter).
Boeing 757 com títulos e matrícula da USAF 99-6143. Este avião também utiliza a matrícula civil N226G. Ver imagem abaixo (Foto: OneSpotter).

Matriculados 99-6143/N226G e 02-5001/N610G, esses 757 são baseados em Eglin AFB, e voam para o 486º Esquadrão de Testes de Voo (486th FTS). Ao menos uma vez foi confirmado que um deles operou temporariamente com outra matrícula militar: 86-006. Essas aeronaves tem algumas antenas e modificações não comuns em 757 civis.

Consultando o registro de aeronaves da FAA é possível observar que ambos 757 são de propriedade da empresa civil L-3 CAPITAL LLC. No passado, esses 757 foram vistos operando com títulos COMCO aplicados na fuselagem, uma empresa fictícia possivelmente usado para disfarçar sua real missão. A empresa também é proprietária dos B757 N144DC e N903TB (ex-NASA).

Boeing 757 com matrícula civil N226G. Este avião também utiliza foi visto utilizando títulos e matrícula da USAF 99-6143. Ver imagem acima (Foto: KMCO Spotter).
Boeing 757 com matrícula civil N226G. Este avião também utiliza foi visto utilizando títulos e matrícula da USAF 99-6143. Ver imagem acima (Foto: KMCO Spotter).

Quando a L3Harris tem uma vaga para pilotos de B757, um dos requisitos é “capacidade de manter uma Autorização de Segurança Top Secret do DoD” e disponibilidade de plantão para acionamentos de curto prazo para viagens. A partir disso, fica claro que as aeronaves L3Harris são usadas para transporte de pessoas em missões especiais.

Curiosamente, o turboélice Dash 8, matrícula civil N404E, também é de propriedade da L-3 CAPITAL LLC e quando está estacionada, as suas portas são trancadas externamente com cadeados, algo bastante incomum para uma aeronave deste porte.

Fonte

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